capítulo 7- ligação

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—Aãâãhm...

    "Lembra de mim?"

— Bill? — fechei a porta do quarto para que Chloe não escutasse.

    "O próprio"

— Como conseguiu meu número? — perguntei preocupada.

     "Tenho meus contatos", disse simplista.

Me sentei na cama sem saber o que responder. Ficamos por alguns segundos em silêncio.

    "Tá aí ainda?" Fiquei com vontade de desligar, não queria me envolver mais naquilo, tinha um pressentimento mal.

— Sim. 

"Vejo que não está feliz em me ouvir", ele falava de um modo que o fazia parecer um coitado.

— Olha, não é que eu não esteja feliz, mas é que... — aquele era o problema, não sabia qual era a coisa específica que me fazia querer evitá- los.

   "Tá acho que entendi, você ainda esta brava comigo pelo acidente..".

Não, eu nunca estive brava com ele de fato. Por que ele insistia em lembrar sobre aquilo?

    "Tô acostumado com as pessoas quererem me evitar, não vou te encher mais..." Ele estava me manipulando, eu sabia, mas mesmo assim me senti mal. Ele esperou que eu dissesse algo, mas não o fiz, deixei que ele voltasse a falar.

      "Vou desligar en...”

— Não, não desliga — o impedi. Ele ainda estava na linha

— Por que você ligou pra mim?

      "Bem, pode ser algo meio embaraçoso de  se dizer mas... ele suspirou forte.

    "Os garotos e eu gostaríamos de revê-la, meio que sentimos saudades" Não segurei o riso genuíno.

— Saudades? Olha Bill — sempre que ia dizer seu nome eu diminuia o volume, com medo de que Chloe ouvisse. Tudo bem que mesmo se ela escutasse aquele nome ela ignoraria pensando que o garoto fosse um Bill qualquer. Mas era bom evitar, né.

— Nem ficamos juntos por 24 horas, como podem sentir saudades?

     "Eu sei, loucura né?" notei a empolgação o envolver. " Mas naquelas poucas horas era como se fossemos amigos de muito tempo atrás. Por favor, não me ache louco"

— Você é louco — brinquei. — Mas tenho que admitir, foi legal ficar junto de vocês. — Eu não devia estar admitindo aquelas coisas, ele podia estar muito bem tirando uma com a minha  cara. E por pensar assim, eu me xinguei na cabeça por estar falando tanto.
    "O que vai fazer amanhã?"

— Não sei.

        "O que acha de vir com a gente para praia?"

— Aaaahm. Quando escutei a voz de Tom ao lado do irmão.

      "Por que tá convidando ela, Bill?"

— Olá Tom. — Sorri.

    an "Ela disse oi pra você" Bill o contou. Pelo telefone deu para se ouvir o barulho da porta batendo com tudo.

— Ele foi embora?

     "É, ele foi." Era engraçado saber que em tão pouco tempo Tom podia me odiar como se eu tivesse lhe dado um chute nas bolas.

    "E então, você vem com a gente?"

— Ah Bill, eu não sei se devia...
   
      "Por favor S/n, daqui uns dias nós vamos embora, provavelmente nunca mais vamos nos ver. Eu prometo que será divertido.' Fiquei em silêncio, pensativa.

        "Hã? O que me diz?"

Que mal teria afinal de contas em rever uns amigos, seus? Só iria tomar um banho de mar e dar umas boas risadas, nada além disso e nunca mais nos veríamos.

— Tudo bem, eu vou. Mandei um foda-se para o mal precentimento.

  "Yes" Ele não escondeu sua comemoração, o que só me fez rir enquanto o escutava gritar para Georg e Gustav.  "Vou te buscar aí às 08:30"

— Mas eu...

    "Tchau, não vejo a hora de te ver novamente, beijocas ". E desligou sem ao menos me dar tempo de perguntar a minha mãe. Fechei o telefone rindo.

— Quem é que fala beijocas?

Não Sou Sua Fã - Tom Kaullitz  Where stories live. Discover now