Capítulo 12

922 147 55
                                    

No dia seguinte, desuno cedo as janelas.

Ansel surge com rapidez.

Acaricio-o com lentidão, pelos tão ralos como pétalas de rosas na primavera.

Ele relincha, desfruindo do carinho.

Ergo a cabeça espantado quando ouço batidas em minha porta.

Hoje não é dia de consulta.

Movo-me relutante até a porta, antes de abri-la com vagarosidade.

A figura que vejo me instiga, franzo o cenho.

— Oi. — O garoto diz, erguendo a sacola que segurava. — Trouxe cenouras.

Hesitante, cedo um passo para trás, permitindo-o entrar.

O motivo indecifrável da visita transita em minha mente.

— Eu só queria vê-lo, foi mal se estou incomodando. — Seus olhos verdejantes brilham ansioso. — Posso ir embora, se quiser.

Não sei como.

Não sei porquê.

Mas faço um movimento, sutil, com a cabeça. Negando que ele seja um incômodo.

A criança, inexplicavelmente, é a primeira a conseguir um gesto advindo de mim, após a guerra.

O vejo com Ansel, rindo a medida que o cavalo devora as cenouras.

Questiono-me se Harry sabe que ele está aqui.

Mas, algo no modo em que Aquiles tenta ser o mais apressurado possível, deixa evidente que não.

Mas, algo no modo em que Aquiles tenta ser o mais apressurado possível, deixa evidente que não

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
codinome beija-flor Where stories live. Discover now