No dia seguinte, desuno cedo as janelas.
Ansel surge com rapidez.
Acaricio-o com lentidão, pelos tão ralos como pétalas de rosas na primavera.
Ele relincha, desfruindo do carinho.
Ergo a cabeça espantado quando ouço batidas em minha porta.
Hoje não é dia de consulta.
Movo-me relutante até a porta, antes de abri-la com vagarosidade.
A figura que vejo me instiga, franzo o cenho.
— Oi. — O garoto diz, erguendo a sacola que segurava. — Trouxe cenouras.
Hesitante, cedo um passo para trás, permitindo-o entrar.
O motivo indecifrável da visita transita em minha mente.
— Eu só queria vê-lo, foi mal se estou incomodando. — Seus olhos verdejantes brilham ansioso. — Posso ir embora, se quiser.
Não sei como.
Não sei porquê.
Mas faço um movimento, sutil, com a cabeça. Negando que ele seja um incômodo.
A criança, inexplicavelmente, é a primeira a conseguir um gesto advindo de mim, após a guerra.
O vejo com Ansel, rindo a medida que o cavalo devora as cenouras.
Questiono-me se Harry sabe que ele está aqui.
Mas, algo no modo em que Aquiles tenta ser o mais apressurado possível, deixa evidente que não.
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codinome beija-flor
FanfictionA guerra acabou. Louis conta com um par de braços quebrados. Um ombro perfurado. Um corpo estilhaçado. E um coração despedaçado. A última coisa que ele precisava, era do médico de combate qual o salvou, Harry Styles, insistindo em acompanhá-lo até...