𝚂𝚒𝚕𝚎̂𝚗𝚌𝚒𝚘... - 𝙺𝚎𝚗 𝚁𝚢𝚞𝚐𝚞𝚓𝚒, 𝙳𝚛𝚊𝚔𝚎𝚗.

dezessete.

"já chegou em casa?"

Se arrumou sobre a cama, respondendo a mensagem de Draken.

"sim"

E de imediato ele respondeu.

"sai pra fora"

Franziu o cenho, correndo até a janela. Avistou Draken, o mesmo acenou, lhe fazendo rir baixinho.

Vestiu seu chinelo e desceu as escadas. Seu pai estava distraído mexendo no notebook. Não iria interromper o mesmo só para avisar que ia lá fora por alguns minutos.

Abriu a porta, caminhando em direção ao loiro. Draken estava inteiramente de preto, creio ser o uniforme da Toman.

"oi" o loiro sinalizou, arrancando um sorriso da sua parte. "está melhor?"

"um pouco" se encostou sobre o muro, Draken se aproximou, permanecendo em sua frente. "mas não consigo deixar de me sentir decepcionada"

"eles vão pagar pelo que fizeram"

"vou fazer a Felícia pagar por isso" Draken te encarou surpreso, sorrindo em seguida.

"o que pretende fazer?"

"farei ela ser expulsa da equipe. E dependendo, até da escola, ela não vai conseguir uma vaga em um time profissional e talvez não se forme"

Draken sorriu, concordando com a cabeça.

"eu quero te ajudar, posso?"

"você já fez isso metendo porrada no Louis, me mostraram uma foto dele. Você quebrou dois dentes!" o encarou com os olhos arregalados. "e se você for expulso por isso?"

"eu achei que peguei leve, não ligo de ser expulso, ninguém se mete com você" a mão do loiro rodeou sua cintura, aproximando os corpos.

"meu deus..." sorriu presunçosa. "você é muito apaixonado por mim."

- Vai ficar se achando agora? - o loiro indagou emburrado, arrancando uma risada alta da sua parte.

- Ficou sem palavras em libras? - provocou. - Inclusive, você aprendeu muita coisa em pouco tempo.

- Lógico, eu treino todos os dias, tá? - se exibiu. - Mas ainda quero que você me dê aulas... quando seus aparelhos vão ficar prontos?

- Daqui três semanas... vou ter que jogar sem eles.

- Você vai se sair bem, só precisa se adaptar agora.

- Meu pai me deu uma lição de moral no carro... disse que eu estava sendo capacitista comigo mesma ao afirmar que não consigo jogar sem os aparelhos.

- E ele está certo. - encarou com tédio. - Você não precisa dos seus aparelhos para ser boa no vôlei. Você é boa de qualquer jeito.

- Eu sei... acho que eu precisava que ele me dissesse isso mesmo... também disse que eu preciso treinar sem aparelhos até tudo se tornar fácil.

- Meu sogro sabe das coisas. - a frase proferida lhe fez rir. - O que?

- Sogro? - encarou as próprias mãos. - Não estou vendo nenhuma aliança.

- Aguarde. - roçou a ponta do nariz sobre o seu. - Você será minha futura Ryuguji. - se aproximou, depositando um selinho em seus lábios.

- E quem disse que eu quero namorar um delinquente? - pousou a mão sobre o peitoral alheio, observando os olhos de Ken, os quais também estavam focados nos seus na mesma intensidade.