A BAILARINA | SARIETTE

PEQUENAS MENTIRAS

Olha só quem apareceu....

Bora ✍️

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Quando Juliette chegou ao estúdio de balé aquele dia, ele estava vazio. Ela pensou que encontraria Sarah lá como todos só dias, mas para sua surpresa, ela não estava. Chegou a pensar que ela podia ter se arrependido do que aconteceu no dia anterior e sentiu seu coração apertar. Antes que tivesse tempo de enlouquecer, sentiu alguém parar bem atrás dela.

- Flores para uma flor. - Sarah sussurrou em seu ouvido.

Um enorme sorriso surgiu no rosto de Juliette e ema esticou um pouco a mão até alcançar a flor.

- Na verdade, é uma única flor, mas o que vale é a intenção. - Sarah riu dando de ombros.

Juliette se virou de frente pra ela.

- Achei que não vinha.

- E por que eu não viria? - Perguntou.

- Não sei. - Ela confessou. - Achei que podia ter desistido, se arrependido.

Sarah não respondeu. Ela pode ver pela expressão da menina quebela realmente achava aquilo. E era ridículo, ela nunca se arrependeria daquilo, era a única coisa no momento da qual ela tinha absoluta certeza. Então, muito delicadamente, ela segurou o rosto de Juliette entre suas mãos e a beijou o mais calmamente que podia, querendo mostrar a ela naquele gesto como se sentia.

- Eu não me arrependi. - Sarah sussurrou. - E nem vou me arrepender.

- Tudo bem. - Ela sorriu convencida. - Bom dia.

- Bom dia. - Ela riu. - Vai dançar pra mim hoje?

- Claro. - Ela assentiu. - Mas hoje você precisa ficar bem quietinha, e é sério.

- Por que? - Ela fez bico.

- Tenho uma apresentação importante sexta e preciso me concentrar e ensaiar de verdade. - Ela explicou.

- Não vai precisar de ajuda? - Ela quis saber.

- Não da sua. O Ed, meu par, vai me ajudar amanhã. - Disse.

- Mas amanhã não tem aula? - Sarah franziu a testa.

- Ele vai na minha casa, costumamos ensair lá. - Ela explicou. - Nós sempre dançamos juntos.

- Vocês vai ficar sozinhos? E ainda dançando agarrados? - Fez careta. - Não gostei disso.

Juliette riu e abraçou Sarah, ela gostou de vê-la com ciúmes. Ninguém nunca se importava com ela, era uma sensação nova e agradável. Sarah a abraçou de volta, dando um beijo no topo da sua cabeça.

- Está com ciúmes Andrade? - Ela perguntou.

- Não, Freire. - Mentiu.

- Tudo bem.- Ela riu. - Você não precisa ficar com ciúmes, sou apenas uma colega de dança.

- Você é a bailarina mais linda do mundo, é claro que tenho que ter ciúmes. - A apertou mais contra si.