capítulo 6

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Tudo normal

Pov: Mieera

Eu passei a noite acordada, depois de ouvir aqueles sussuros, e mesmo que Calleu tenha ouvido, ele não percebeu o quão perigoso eles eram, eu já tinha lido e ouvido sobre isso, mas nunca tinha ouvido pessoalmente aquelas vozes me chamando, para o que na verdade era uma armadilha.

Tive que fazer um feitiço protetor para aquele idiota, mesmo querendo matar ele não tinha que ser da quela maneira, tinha que ser pelas minhas mãos.

Eu me levantei bem cedo para ir ao templo mais perto que ficava no meio da floresta, e mesmo que eu não conhecesse a ária eu saiba aonde o templo estava por que ele chamava por mim, e assim nos sacerdotisas sabemos aonde fica cada templo pelo poder que emana de cada um.

Eu coloquei um vestido de costume que geralmente uso pra rituais, pois era isso que eu precisava fazer um ritual de proteção, pedir que os deuses me protejam, não só a mim mas a cada um que mora nessa alcatéia, por que seja lá o que isso for, não gostou nem um pouco da minha presença aqui.

Quando eu tava saindo de casa o meu pai tava voltando da ronda, eu contei para ele previamente o que aconteceu ontem e ele me chamou para tomar café, mais eu respondi que não porque tínhamos que fazer o ritual em jejum.

Me afastei dele e fui em direção a floresta, andei mais ou menos uns quatro minutos e parai assim que estava na frente de uma estrutura de pedra antiga, havia várias ervas daninha crescendo na parede, também tinha dois candelabros um em cada lado da porta. Respirei fundo e entrei.

Assim que fizer isso os candelabros que tinham dentro se acendeu, juntei as palmas da minha mão e abaixei a cabeça em forma de reverência, Dii me dent praesidium in ritu. Levantei a cabeça e caminhei até o centro do templo parei enfrente a uma estátua já antiga do meu avô, indicando que o templo era seu, dei a volta pelo lado esquerdo da estátua a onde fica a porta para as salas de oferenda e rituais.

Desci as escadas e os candelabros iam se acendendo até eu chegar ao andar de baixo, depois de descer as escadas segui reto e parei enfrente ao altar aonde tinha algumas oferendas, novas o que significa que foram trocadas recentemente.

Peguei um incenso e acendi em uma vela, fiz movimento circular com ela e desci e subi enquanto falava em latim pedindo proteção, logo eu senti uma presença, e não era boa.

— Mal chegou e já tá pedindo proteção. — a voz sussurrava em meu ouvido, eu não me virei pós sabia que não estava lá em materialista. — Muito medíocre da sua parte, Mieera. — a voz que não dava pra reconhecer ou saber se era homem ou mulher falava o meu nome com desprezo. — Eu deveria saber que ele mandaria alguém, só não espera que seria uma tão. — fez uma pausa enquanto balançava o meu cabelo com um sobro, fazendo a minha pele se arrepiar. — Fraca. — disse por fim dando uma risada macabra.

Depois disso a presença foi embora, e só então eu me virei e soltei o fôlego que prendia, não me leve a mal eu fui treinada para não me bater de frente com criaturas que não me feriram primeiro, ainda mais se estiver dentro do templo.

Por que querendo ou não eu estava meio que protegida, ele não poderia me ferir pós estava sobre a proteção dos deuses enquanto estivesse dentro do templo. Agora se eu saísse e a criatura estivesse do lado de fora eu teria que me defender sozinha.

Fiz as minhas orações e pedi por proteção, quando acabei sai do templo após ter certeza que não havia nada do lado de fora, peguei o mesmo caminho que eu tinha feito para chegar no templo de volta para a casa.

Sacerdotisa dos deuses ( Concluída)Where stories live. Discover now