único.

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oi, amores!

estou fazendo um desafio de 31 dias escrevendo one-shorts/short-fics baseadas em palavras. são vários shipps, nem todos dos marotos, mas sorteado de hoje é marylene e a palavra é pegada.

espero realmente que vocês gostem, mesmo que seja curtinho e rápido!!!

boa leitura <3
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Marlene joga Quadribol.

Agora, isso é algo que Mary está bastante ciente. Ela sempre esteve, tendo em vista que ela quem despertou essa vontade em Marlene. Ela quem insistiu. Quem quis aprender sobre Quadribol. Quem quis que Marlene a ensinasse. Quem se arrepende profundamente por isso desde então.

Quer dizer, não exatamente se arrepende, não literalmente, isso é exagero. Mas toda vez que Mary joga, ela se distrai. E se distrai por conta de Marlene.

Veja bem, Mary é uma mulher que não se abala. Ela é implacável, ainda mais quando joga, porque é algo de que ela se orgulha em fazer. Algo que ela pode pegar e usar e falar: "Vejam, puro-sangues, eu sou uma nascida trouxa que joga fodidamente bem não importa o que vocês digam." Mary é poderosa. Ela ama isso.

O problema nisso tudo começou quando ela foi ensinada a jogar.

A coisa é que, Marlene é uma puro sangue. Ela estava contando para Mary e Lily que voava em sua vassoura desde pequena, e que já havia voado junto de James e Peter algumas vezes quando criança, apenas por contar. Ela as disse que sabia uma coisa ou outra sobre como voar, algumas manobras simples, e achava divertido voar casualmente. Mary ficou encantada com tudo isso, ainda mais em seu quarto ano, quando a vontade desesperada de jogar incendiou todo seu corpo após assistir aos jogos de sua casa.

Naquela época, Mary se convenceu de que adoraria jogar, e adoraria provar que podia ser boa, que poderia ser incrível nisso se quisesse. Poderia causar sorrisos e torcidas e comemorações. E por isso ela pediu à Marlene que a ensinasse.

Mary se lembra muito bem de Marlene à emprestando uma vassoura e pedindo que Mary subisse nela. Mary nunca admitiria isso, mas sentiu medo quando subiu. Ela não sabia como deveria segurar o cabo, ou como dar impulso ou como aterrissar. Mary olhou para Marlene e esse olhar bastou para que ela segurasse suas mãos juntas.

"Você vai ver como é fácil," Marlene havia dito, seu rosto um pouco inexpressivo voltado para Mary com os olhos azuis brilhando em sua direção. "Aqui. Suba."

Ela conduziu Mary, que soltou suas mãos e subiu. Ela estava totalmente desajeitada e descoordenada, sem saber ao certo o que fazer, e bufou com isso, mas Marlene sorriu provocativa e apenas balançou a cabeça.

"Sua postura está errada, MacDonald," ela apontou.

"Então me ajude a consertar," Mary mandou, levantando a sobrancelha para ela.

Marlene levantou as sobrancelhas também, mas se abaixou para fazer exatamente isso. Com uma de suas mãos, ela empurrou as costas de Mary suavemente para que ela se inclinasse direito. Com a outra, cercou a cintura de Mary e a puxou, para que ela se posicionasse precisamente como deveria.

Mary também nunca vai admitir isso, mas se desmontou por completo. Seu rosto queimou. Seus órgãos pareceram derreter. Suas mãos suaram contra o cabo da vassoura. Sua voz se perdeu em sua garganta. Mas Marlene continuava ali, esperando alguma coisa. Mary não tinha certeza do quê. Ela estava ocupada demais tentando se recompor para prestar atenção. Ela podia sentir o cheiro de Marlene, quando ela estava perto assim, e queria desesperadamente que Marlene não a soltasse.

hold meWhere stories live. Discover now