ADAPTAÇÃO DA FANFIC BROKEN - @loudzeiras
• Todos os créditos a história original •
Saga: The Players - Livro I
História com o jogador Pablo Torre
+16 | Ellie não poderia esperar que sua vida fosse virar de cabeça para baixo aos 16 anos de idade, ma...
- E no final do dia, somos um dia mais fortes. Desconhecido
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Capítulo Extra - Xadrez, Desenhos e Aposta
🥀
O céu já estava completamente escuro quando cheguei no prédio de casa, as estrelas começando a aparecer conforme os minutos corriam pelo relógio e o hall de entrada completamente iluminado pela luz amarelada da única lâmpada presente no teto.
Não consegui evitar apertar minha bolsa entre os braços assim que pisei dentro do térreo, minha respiração um tanto desregulada enquanto a sensação familiar de alerta tomava meus sentidos.
Aquele era um horário que eu não costumava sair de casa, e estar fora pela primeira vez desde que cheguei aqui em Barcelona era um pouco estranho e meio assustador. O ar parecia mais denso, meus olhos ficaram mais atentos e averiguavam os pequenos espaços menos iluminados que haviam ali, meu cérebro estava em completo estado de alerta para qualquer movimentação estranha que acontecesse perto de mim.
Solto um suspiro baixo e observo o garoto ao meu lado fechar a porta de vidro da portaria, garantindo nossa segurança dentro do prédio enquanto eu reparava em como aqueles sentimentos que estava tendo não se comparavam aos receios e desespero que geralmente me tomavam, mesmo que eu estivesse atenta a tudo agora.
Era a primeira vez que eu estava fora, mas era também a primeira vez que eu não acelerava meu passo para estar segura dentro do meu próprio quarto, correndo de qualquer interação humana ou do próprio entardecer, que não me tremia dos pés a cabeça com o sopro do vento e o barulho de folhas secas sendo arrastadas na calçada, me fazendo pensar ser alguém atrás de mim.
Eu estava receosa, ainda era muito cedo para estar acostumada a uma vida sem que meus traumas estejam presentes, mas não estava completamente apavorada como de costume e eu sabia que esse fato se dava porque eu estava na presença de Pablo Torre.
Eu estava tranquila e ele era a causa disso.
Mordo minha língua com essa perspectiva e o observo seguir até o elevador e o chamar para nosso andar, seus cabelos claros ficando em um tom de palha pela luz clara, as bochechas coradas pelo vento gelado e o recente treino de futebol.
Ele poderia ser um homem, poderia ser um cara que eu conhecia a pouco tempo e até mesmo poderia esconder uma personalidade ruim por baixo de toda aquela bondade e gentileza comigo, mas nem mesmo eu que sou tão cuidadosa conseguia acreditar nessa possibilidade absurda, algo que era estranho e novo.
Pablo me trazia confiança, me deixava a vontade em sua presença e fazia com que eu me sentisse segura. Acreditava fielmente que ele não me faria mal e nem mesmo deixaria outras pessoas me ferirem.
