Kan Çiçekleri - Flor de sangue 🥀

Nasce uma família

Dilan já estava entrando no oitavo mês da gestação, a essa altura a barriga já estava enorme e bem redondinha. Ela  que era bem pequenininha ficava cansada com facilidade por conta do peso que carregava, mas tinha diariamente a ajuda de Kader Abla, e até da senhora Azade que estava sempre perto.

Nessa altura, Baran praticamente não ia a empresa, resolvia tudo do escritório de casa e contava com a ajuda de Kerem para isso. Somente quando havia extrema necessidade ele se ausentava da mansão. Isso porque não queria ficar longe de Dilan nenhum segundo. Não deixava que ela se cansasse ou que se sentisse sozinha nunca.

Ele a surpreendia a cada dia, porque além de acompanhá-la em tudo, aprendeu tudo sobre bebês, até leu livros sobre, tudo para que Dilan soubesse que ele estaria ali pra sempre e que seria o melhor pai do mundo. Ainda não tinha caído na real sobre a paternidade, estava tão ansioso pra conhecer os filhos, que tinha uma sensação inexplicável dentro de si, uma alegria desconhecida.

Dilan era uma grávida tranquila, não tinha muitas exigências e passou pela fase dos desejos claro, mas nada que Baran não pudesse atender. Como na vez que sentiu vontade de comer azeitona no meio da madrugada, e não encontrou na cozinha.

Baran saiu pra comprar e ainda que ele não encontrasse daria um jeito nem que fosse indo diretamente em uma Oliveira extrair o fruto.
Dilan se divertia bastante com isso. Amava a forma como ele a mimava.

Dilan e Baran escolheram tudo sobre o quartinho dos bebês, ambos dormiriam juntos durante a infância e o quarto foi decorado com motivos que remetiam a jardim e animais; as coisas que Dilan amava.

Aylin e Deniz foram os nomes que escolheram para os gêmeos e nessa reta final tudo o que mais queriam eram conhecer logo o rostinho dos filhos...

- Baran, fico pensando nos bebês, será que serão mais parecidos com você ou comigo ? Dilan falou sorrindo;
- Se parecerem com você serão as crianças mais lindas do mundo, principalmente se tiverem seus olhos;

Dilan sempre corava diante dos elogios do marido...

- Eu quero que tenham o seu coração misericordioso, sua compaixão, sua força e coragem. Tomara que eu seja boa com eles;

- Olha Dilan, você é a melhor pessoa que eu conheço e com certeza vai ser a melhor mãe pra os nossos filhos. Você me lembra minha mãe em tantas coisas... E isso deixa meu coração tranquilo porque eu sei que vai ser pra eles, ainda melhor do que ela foi pra mim.

- Te amo muito, disse Dilan com os olhos marejados. Ela o amava ainda mais do que o primeiro dia que se deu conta, o amava a cada minuto mais.

*****

Passado um mês, agora já com o tempo de dar a luz, Dilan estava mais ansiosa pelo nascimento dos filhos, sentia-se também mais cansada, mas amava ouvir de Baran o quanto estava ainda mais linda grávida.

Naquela manhã acordou sentindo uma  cólica fina que passou logo em seguida para um ritmo mais compassado. Pelos sinais do seu próprio corpo ela ficou em alerta e sabia quem eram contrações. Resolveu esperar para ter certeza mesmo sentindo dor, até que sentiu um líquido escorrer por baixo do vestido. A bolsa tinha finalmente estourado!

Reunindo forças, ela chamou pelo marido:
- Barannnnnnnnn, Barannnnn!!

Em poucos minutos ele subiu correndo as escadas que davam acesso ao quarto;
Dilan sentia muita, mas muita dor, como nunca havia sentido antes na vida.

- Dilan, você está bem ? O que houve ? Baran parecia ainda um pouco desorientado;
- Baran, falou quase sem ar. Os bebês estão nascendo...
- Agora ?
- Sim Baran, agora, agora mesmo !
- Calma, se acalme tá bom ? Eu estou aqui; Disse já carregando a esposa nos braços e descendo com ela às pressas;