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Entro no meu avião, sozinha desta vez, para ir direto ao Rio. Estava me sentindo apavorada por ter que ir a outro estado sozinha encontrar alguém. Isso nunca foi um hábito meu, mas, por incrível que pareça, estava acontecendo.

Depois de uma hora e meia de vôo desço no aeroporto em uma parte separada onde havia um carro preto me aguardando, pego minha mala e vejo a porta do carro se abrir e Matheus sair de lá.

— Além de cantor, é motorista? — Brinco enquanto ele aproxima.

— Tenho muitas profissões que você não sabe! — Seus braços me envolvem para um abraço.

Então o seu segurança retira a mala da minha mão abrindo o porta-malas para colocá-la.

— Achei que iria te encontrar somente no show. — Caminho até a porta do passageiro para entrar e ele faz o mesmo do outro lado.

— Jamais, já fui passar o som, então estou à toa agora, não tem porque a gente se ver só no show, exceto se você queira... — Ele fecha a porta ao seu lado, em seguida passando a mão pelo cabelo, me fazendo perceber agora que ele estava de tranças. — Gostou?

— Ficou ótimo! Ficou parecendo um cafetão agora, sei lá, um chefe de máfia. — Comento fazendo ele gargalhar.

— Essa é a intenção! 

Estávamos nós dois no banco do traz enquanto seu segurança dirigia, eu tenho certeza que esse cara era cinco vezes maior que eu facilmente. Fomos em direção ao hotel onde ficaríamos somente essa noite, pois amanhã de manhã iríamos para Arraial do Cabo, que era mais ou menos duas horas daqui de carro.

Em torno de meia hora depois descemos na porta do hotel que ficava em frente a praia de Copacabana.

— Matuê!

Escutamos chamar e viramos nós dois juntos para trás vendo três adolescentes extasiados.

— Gatinha, pode ir subindo, só falarei com eles. — Ele me entrega uma chave, provavelmente do quarto.

Concordo e caminho para dentro do hotel com minha mala, viro para trás rapidamente vendo um dos meninos abraçá-lo como se fosse eu com o Justin Bieber. Sorrio e aperto pelo elevador verificando na chave o andar, era o último.

Entro no quarto dando de cara com o mar, percebendo que suas coisas já estavam ali, a cama um pouco desarrumada e algumas roupas na poltrona. Deixo minha mala em um canto andando por todo o quarto que era bem grande e iluminado, muito bonito, não consigo não tirar uma foto e postar.

Escuto a porta se abrir e viro para trás vendo Matheus entrar todo sorridente.

— Foi mal aí a bagunça... — Ele fecha a porta atrás de si.

— Achei que você era mais bagunceiro. — Comento me sentando na poltrona que havia ali.

— É porque cheguei de manhã, tá ligado, não deu tanto tempo ainda. — Coça a cabeça sem graça. — O que acha de almoçarmos e depois praia?

— Ótimo, estou morrendo de fome e queria muito curtir a praia. — Levanto imediatamente para procurar outro sapato na mala, o tênis que eu usava estava me incomodando.

Descemos para almoçar no hotel mesmo, já que a comida era impecável como dizia Matheus. E ele não estava errado, a comida estava realmente ótima. Após comermos, ficamos mais alguns minutos conversando enquanto fazíamos a digestão.

Subo para o quarto para me trocar, coloco um biquíni preto básico e por cima uma camisa branca longa deixando aberto na frente. Prendo meu cabelo com uma presilha e pego uma bolsa de praia colocando alguns itens essenciais. Matheus aparece somente vestindo um short, homem é tão simples.

O Demônio Veste PradaOnde histórias criam vida. Descubra agora