𝐂𝐋𝐎𝐒𝐄 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒, 𝗏𝗂𝗇𝗇𝗂𝖾 𝗁𝖺𝖼𝗄𝖾𝗋

𝟢𝟢𝟧, 𝖻𝖺𝗋𝗇𝖾𝗌

𝖬𝖺𝗋𝗂𝖺 𝖢𝗅𝖺𝗋𝖺 𝖡𝖺𝗋𝗇𝖾𝗌, 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗍𝗁𝖾 𝗏𝗂𝖾𝗐．
Rio de Janeiro, Brasil.

Reviro os meus olhos pelo drama de Isadora e continuo comendo o meu miojo de tomate da turma da Mônica.

— Você acha isso simples, Maria Clara? É O VINNIE HACKER, PORRA! — A cacheada berrou do outro lado da ligação.

— Ou seja, uma pessoa normal. — Digo simples e vejo a notificação dizendo que o loiro está me ligando. — Ele está me ligando, beijo.

— Vai me trocar por macho, Barnes? VADIA, DESGRAÇADA, PUTA... — Desligo, antes que eu ouça todos os palavrões possíveis e atendo o face time de Vinnie.

Para a minha surpresa, nós não paramos de nos falar desde aquele dia, como eu imaginava que seria. Estamos conversando todos os dias a quase duas semanas e está sendo legal conhecer mais Vinnie.

— Oi, loirinha. — Vincent falou sorrindo, assim que eu atendi a ligação.

— Oi, loirinho. — Levo uma garfada de miojo até a minha boca.

— Tá comendo oque aí? — Me olhou curioso.

— Miojo da turma da Mônica de tomate. — Falo e vejo ele sorrir, mas ao mesmo tempo me olhar confuso. — Aí não tem desse. — Falo.

— Miojo de tomate? Negócio deve ser ruim. — murmurou e olhou para outra direção, presumi que fosse o computador.

— Não é. É o melhor que tem! Quando a gente se ver, eu levo um pra você. — Falo e ele sorriu e voltou a me olhar.

— Então... a gente vai se ver? — O seu sorriso era enorme e eu não consegui não sorrir.

— Talvez, né. Não sei. — Dei de ombros, disfarçando a minha vergonha.

— Se eu pudesse, já estaria com você. — Seu semblante ficou triste e eu confusa. — Precisava conversar...

— Sobre? — Pergunto e deixo o pote vazio de miojo em cima da mesinha do computador.

— Haters e pessoas idiotas da internet. — Falou simples, brincando com as cordinhas de seu moletom preto.

— Estão falando de você ainda? — Ele confirmou com a cabeça e eu suspirei. — Sabe o porque disso? Eles tem inveja e não aguentam te ver feliz, Vin. Ignora isso e segue a sua vida normal, mostrando que eles não fazem diferença. — Falo e percebo o seu olhar em mim, mas eu estava concentrada em falar oque eu pensava, enquanto encarava o teto branco. — Eles são uns filhos da puta e não sabem nem da metade da pessoa tão incrível que você é.

Respiro fundo, sem ar por ter falado tudo rápido e sem pausas. Sinto um olhar em mim e volto a encarar a tela do meu celular, dando de cara com o semblante sereno de Hacker e um sorrisinho em seus lábios.

Sinto as minhas bochechas esquentarem e sentir uma coisa esquisita em minha barriga. Seguro o seu olhar no meu e acabo sorrindo também.

— Você é linda e eu tô feliz por você ter me respondido no Instagram. — Ele quebrou o silêncio depois de alguns minutos.

— Porque? — Estralo os meus dedos.

— Se eu não te chamasse, eu não ouviria a sua voz perfeita e veria o seu sorriso e olhos brilhantes. — Ele soltou.

As borboletas em minha barriga foi inevitável e o meu sorriso parecia só aumentar. Obrigada Instagram!