Prolongo

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As pessoas ouviam histórias sobre magias desde que nascem, fadas, bruxas malvadas., dragões destruidores de castelos, uma princesa com uma coroa mágica ou um heroi com uma espada mágica.

Mas era isso que eram, histórias que as pessoas se convenceram que deveriam ser apenas histórias. Já que, a anos atrás, a terra dos Comuns e da Magia se separaram, jurando que nunca mais se juntariam novamente. Todos nos convencemos de fingir que aquele reino do outro lado do oceano não existia, que suas magias não existiam.

Após muitos anos de guerra entre humanos e bruxos, finalmente ambas partes entraram em um acordo séculos atrás, definindo que os bruxos iriam viver separados. O reino Lilium definiu que os bruxos moravam em uma ilha um pouco distante de seu território, mas grande o suficiente para eles.

Bruxos e humanos não deveriam se relacionar, nunca.

Esse foi o decreto do Rei Miguel I, quando finalmente fechou o acordo com o rei dos bruxos séculos atrás.

Essas eram as leis que regiam os reinos humanos, principalmente o reino de Lilium, onde o jovem Harry Potter vivia em um pequeno e pobre orfanato do interior, esse que abrigava crianças vítimas da Guerra Civil que tomava o reino naquele tempos sombrios, uma luta em busca de justiça e paz com a magia. O rei não se importava com aquele pequeno orfanato no meio do nada, mas sua filha sim;

A futura rainha era amada por seu povo, gentil e inteligente. E a única que se propôs a ir até aquele pequeno orfanato.

As crianças estavam animadas no orfanato, ansiosas com a visita que a Princesa de Lilium faria daqui a algumas horas, mas Harry não conseguia compartilhar sua alegria. Estava encolhido em um canto, temendo estragar a visita da princesa herdeira para todos, assim como seu tio sempre reclamava que ele fazia antes de receberem visitas em sua casa. Mesmo depois de ser abandonado, ele ainda seguia as ordens de seu tio.

Fique quieto, não olhe ninguém nos olhos, seja insignificante.

Suas pernas balançavam no banquinho em que ele estava sentado, desenhando em seu pequeno caderninho enquanto via uma das cuidadoras se aproximar dele com um sorriso gentil.

— como vai, amiguinho. Animado com a visita da princesa? — perguntou, se ajoelhando na frente da criança, está que não a respondeu. — Harry? Posso ver seus desenhos?

Harry a olhou, os olhos verdes piscando fortemente e se forçando a focar na doce mulher à sua frente. Ele sorriu, mostrando o desenho para a mesma, torcendo para estar parecido com o que ele via.

— você está cada vez melhor, pequenino. — bagunçou o cabelo do mesmo com gentileza antes de se levantar, vendo as outras mulheres reunirem as crianças para a chegada da princesa. — vamos? A princesa vai chegar logo. Quem sabe ela não queria ver seus desenhos?

Nervosos, a pequena criança concordou com a cabeça e se reuniu com as outras crianças, aproveitando o fato de ser um dos menores para se esconder atrás dos outros.

As crianças ficaram animadas com o barulho de um carro e tentavam controlar suas animações e Harry tentava não cair conforme era empurrado cada vez mais para trás. Elas estavam bem vestidas, já que todas apareceriam na TV e queriam chamar a atenção para serem adotadas.

Harry só queria ir ao jardim...

Diferente das outras crianças, ele era uma criança tímida que apareceu na areia da praia a alguns anos atrás. Ninguém sabia se ele era um sobrevivente da guerra, ou apenas deixado-lá para morrer, levado pelo mar sem nenhuma possibilidade de sobrevivência. Sempre foi uma criança quieta e diferente das outras de sua idade, com dons e talentos diferentes do que se esperavam.

Príncipe do DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora