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O bar estava lotado, vários clientes conversando, comendo, bebendo e curtindo o show de Nando, Nova Primavera recebera muitos turistas após o show de Ana Castela, e agora o bar estava cheio como nunca antes. As meninas andavam de um lado para o outro servindo as mesas, e Kelvin não fazia diferente. Até Luana o chamar no balcão.

- Ei Kelvin! Vem aqui.- chamou balançando umas das mãos em sua frente.

- Oi, pode falar.- o loiro se aproximou o suficiente para ouvi-la.

- Eu preciso resolver um assunto, fica aqui no meu lugar enquanto isso. É só ir entregando esses pratos e bebidas 'pras meninas e passar os pedidos pro Zezinho.

- Sei bem o assunto que você tem que resolver.- sorriu apontando com a cabeça para o advogado que estava próximo a entrada.

E assim trocaram de lugar, nada de mais, Kelvin apenas anotava pedidos e entregava os já prontos para as garçonetes. Até ver um homem vindo na direção do balcão, e parecia irritado. Ele era alto, musculoso, cabelos castanhos que se estendiam até os ombros, e uma barba espessa.

- Ei garçom!- o homem falou alterado enquanto se aproximava do balcão.- Eu fiz um pedido tem 20 minutos e nada!

- Olha- Kelvin começou.- eu peço desculpas mas, não tem o que eu possa fazer, daqui a pouco seu pedido vai sair.- A resposta apenas deixou o homem ainda mais irritado, que apoio-se no balcão e aproximou seu rosto do outro e começou a reclamar, ainda mais alto, e o cheiro forte de álcool pôde ser sentido, deixando bem claro que o homem estava bêbado.

Kelvin tentou encontrar alguém que pudesse o ajudar, Luana ainda estava com o advogado, as garotas distraídas servindo os clientes, Nando estava no palco cantando, e o tio de Caio estava conversando com Flor. Então começou a tramar algo para caso o cara a sua frente decidisse avançar em si. Viu as garrafas ao alcance e uma vassoura ali perto. Fora que já estava quase no horário que normalmente Ramiro chegava, e queria ir vê-lo. Então foi tirado de seus pensamentos pelo bêbado que agora gritava.

- TÁ ME OUVINDO PORRA?!

- Olha aqui querido- Kelvin voltou a falar, um pouco já sem paciência.- caso não tenha percebido, o bar 'tá cheio, e você- lhe apontou o dedo.- não é prioridade, então eu te peço encarecidamente que sente e espere.- nesse momento o loiro apenas viu o homem levantar uma das mãos grandes.

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Ramiro acabara de chegar, estacionou a caminhonete no local de sempre e saiu do veículo. Olhou em volta para ver se Kelvin estava por perto, mas não o encontrou. "Deve 'tá lá dentro ainda.", Pensou. Resolveu esperar, não era incomum Kelvin demorar a sair de dentro do bar, afinal ele trabalha lá, fora que o lugar parecia entupido de gente, o que fez Ramiro querer ainda mais espera-lo do lado de fora, odiava lugares cheios.

Alguns minutos passaram e nada do loiro aparecer. O jagunço estava ficando impaciente, não era do feitio do outro demorar tanto o quanto estava agora, mesmo com o bar lotado, sempre dá um jeitinho de escapar para ver Ramiro - e receber seus "apertõesinhos" - mas hoje estava demorando mais que o normal.
Mesmo que com receio de entrar no local lotado, quis dar uma conferida, " Vai que ele num viu a hora." pensou. Entrando com certa dificuldade, ele procurou, e ouviu o que parecia uma discussão vinda da sua esquerda. Quando olhou, viu Kelvin atrás do balcão, e um homem do outro lado, claramente irritado, este levantou a mão e bateu com força na madeira enquanto gritava algo, o loiro apenas se afastou em um pulo, pelo susto da ação. O sangue de Ramiro ferveu, "Aquele maldito que tente encostar um dedo no Kevin!" E foi na direção do dois, nem se importava com o quão cheio o bar estava.

- Ocê deixe ele em paz!- O jagunço agarrou a gola da camisa do outro homem, o fazendo se virar para ele. Ambos tinham quase a mesma altura, sendo o outro homem um pouco mais alto.

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