dois.

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Olá! Voltando com mais uma one shotzinha dos meus queridos. Dessa vez, KelMiro vai dançar coladinho no bar! 💜🚜

Espero que gostem!

A Lua já está alta no céu quando Ramiro encosta a caminhonete no local de sempre, bem ao lado do Naitandei, e sai com a mochila que agora costuma levar consigo, já que passou a dormir várias noites da semana no quarto de Kelvin. Na verdade, ele acha que o seu guarda-roupa inteiro – que não é tão grande assim – já está naquele quartinho aconchegante, misturado aos pertences extravagantes de Kelvin numa perfeita harmonia.

O homem alto caminha com sua postura centrada até a porta de entrada do bar, logo percebendo que essa vai ser uma noite lucrativa para o Naitandei, se considerar o fato de todas as mesas estarem ocupadas e que também há algumas pessoas do lado de fora, encostadas à parede desgastada enquanto jogam conversa fora. Ramiro cumprimenta alguns conhecidos com um "Oba!", mas não se prolonga muito, pois já sente as mãos pinicando para abraçar, tocar e agarrar Kelvin.

— Ê, Iná, boa noite! — Ele cumprimenta com um aceno de cabeça a moça que passa ao seu lado segurando uma garrafa de bebida alcoólica. Em resposta, a mulher também lhe cumprimenta com um sorriso receptivo e aponta para a cozinha antes mesmo que Ramiro faça a pergunta que estava em sua mente.

Acontece que esses mesmos passos dados agora já viraram rotina entre Ramiro e todos os que trabalham no bar. Ele chega, cumprimenta quem vê por perto e logo pergunta por Kelvin – a não ser nos dias em que o próprio rapaz vai receber-lo na porta, geralmente quando o movimento do estabelecimento está mais fraco. A relação entre o peão dos La Selva e os funcionários do Naitandei é agradável, e pode até ser chamada de amizade, mas todos ali sabem que a única pessoa pela qual Ramiro moveria rios e montanhas é Kelvin.

Com o coração já acelerado, do jeito que sempre fica quando ele está prestes a ver Kelvin ou perto dele de qualquer forma, Ramiro abre caminho entre os casais dançando pela pista do bar e vai até a porta da cozinha. O homem a abre devagarinho, sabendo que ninguém o iria escutar mesmo que batesse, por causa da música alta e do barulho de panelas sendo remexidas.

A primeira pessoa que Ramiro enxerga é Zezinho, ocupado fritando os salgados que são servidos como petiscos para os clientes.

— Oba, Zezinho! — Ramiro cumprimenta, mas não repara se o cozinheiro o responde, pois sua atenção logo é desviada totalmente para o outro canto da cozinha, onde Kelvin aparece depois de ouvir a voz forte do homem. Ele está terminando de deixar vários papéis com os pedidos dos clientes para Zezinho, mas corre para a porta da cozinha assim que vê Ramiro.

A roupa que Kelvin usa nessa noite é uma das preferidas de Ramiro: uma camisa estampada de mangas longas, feita de um tecido fino que se cola perfeitamente ao torso do rapaz, e um shortinho jeans com algumas correntes pratas penduradas, que aperta a cintura bem desenhada e o deixa ainda mais apetitoso. Não importa quanto tempo passe e quantos anos eles completem juntos, a respiração de Ramiro sempre vai falhar ao ver seu amado, ao perceber – pela milionésima vez – que tem o ser humano mais lindo do mundo todo só para si.

— Rams! — Kelvin exclama animado, quase saltitante, enquanto se aproxima de Ramiro e o puxa para um abraço. Ele o envolve pelo pescoço, precisando ficar na ponta dos pés para alcançar-lo, mas isso não é problema, já que Ramiro o abraça pela cintura e o levanta do chão sem esforço algum. — Pensei que só vinha mais tarde. — Kelvin comenta depois de já ter sido pousado em terra firme novamente, mas sem perder as mãos do mais alto, que continuam em sua cintura.

equalize | kelmiroWhere stories live. Discover now