Cap.81 (parte 1)

261 11 0
                                    

André Albuquerque

Assim que colocamos o pé dentro de casa, Poliana correu para o banheiro. Fui de atrás dela e esperei que ela terminasse de vomitar.

- Passou?

- Sim.

Ajudei ela a se levantar e esperei ela escovar os dentes pra podemos ir para a sala.

- O que está acontecendo? - Perguntei ajudando ela a se sentar no sofá

- Nada, foi só um mal estar.

- Poli, vc está me escondendo alguma coisa, eu sei disso.

- Não é nada André, é sério.

- Ok então, qualquer coisa vc me chama.

- Vc vai aonde?

- Ali fora, preciso resolver uma coisa.

- Tá bom.

Dei um beijo nela, peguei meu celular e fui até a varanda.

- Maurício, Paulo e Vitório, venham cá.

Esperei os três virem até a escada.

- Senhor?

- Preciso que me façam um favor.

- Estamos ouvindo senhor.

- Quero que vigiem a casa da minha filha essa noite. Paulo, eu quero que vc siga o Arthur. Vitório, vc vai observar a Manu e o Maurício vai observar o Yan.

- Senhor... - Começou Maurício

- Não - Interrompi ele - Minhas ordens são essas Maurício e é bom vc ficar longe da Manuela, não queira que eu mostre meu outro lado pra vc.

- O senhor está me ameaçando?

- Vc está me confrontando Maurício? - Perguntei parando na frente dele - Pelo teu bem espero que não.

- Ô pa... - Disse Arthur abrindo a porta - O que está acontecendo?

- Nada filho, reunião encerrada, podem ir.

Fui até a minha mesa e enchi um copo com whisky e gelo.

- Pai, a mamãe está bem?

- Não sei meu amor, vou levar ela no médico amanhã cedo, ela está dormindo?

- Sim e está bem pálida, eu até cobri ela com uma coberta minha.

- Vamos lá, voltou sozinho?

- Sim, a Júlia ia ficar até um pouco mais tarde no escritório, vou buscar ela depois.

Voltamos para a sala, Poliana estava sentada no sofá chorando.

- Poliana, o que aconteceu? - Perguntei indo rapidamente até ela

- Minha cabeça André, parece que vai explodir, está doendo demais.

- Calma amor, respira fundo, se vc continuar agitada desse jeito vai doer ainda mais.

- Quer que eu pegue um remédio pai? - Pergunta Arthur.

- Pega lá filho, se não melhorar até a noite, vou te levar no médico.

Ela tomou o remédio e deitou no sofá novamente.

- Não quer comer nada? Vc quase não comeu hoje.

- Estou sem fome.

- E vc cara? Já comeu?

- Não.

- Sei, vamos lá fazer alguma coisa pra gente.

Preparamos dois sanduíches, pegamos duas latinhas de coca e voltamos para a sala.

- Pai, vamos jogar um pouco de videogame?

- Vamos, arruma aí. Amor, não quer deitar na cama? Eu te levo lá.

- Pode ser.

Levei ela para o quarto e a cobri com uma mantinha.

- Qualquer coisa vc me chama.

- Tá bom.

Beijei ela e sai do quarto. Entrei na sala no mesmo tempo em que Manuela e o Yan abriram a porta e de longe vi a raiva dele.

- Não era necessário tudo aquilo Yan.

- Era sim e eu faria de novo.

- O que aconteceu? - Perguntei chamando a atenção deles - Yan, se afasta da Manuela.

- Não vou machucar ela, estou bem.

- Manu, o que aconteceu?

- Maurício, de novo.

- O que ele fez?

- Agarrou meu braço e quase me derrubou no chão.

- Desgraçado, avisei pra ele ficar longe de vc.

- Pai, deixa isso pra lá, estou bem.

- Não Manuela, não!

Saí de casa e desci as escadas furioso. Maurício estava de costas conversando com o Paulo, chamei ele e quando se virou, acertei um soco no seu rosto e o empurrei até a parede.

- Qual é o seu problema cara? Quantas vezes vou ter que dizer pra vc ficar longe da minha filha?

- A Manuela era pra ser minha - Disse ele rindo - Mas esse problemático tirou ela de mim.

- Isso não é problema seu - Falei apertando ele mais contra a parede.

- Pai, chega - Disse Arthur puxando o meu braço - A mamãe não está bem.

Soltei ele contra a minha vontade, mas a minha mulher precisava de mim.

- É o meu último aviso Maurício, mexe com a minha filha mais uma vez e vc nunca mais será encontrado.

- Pai, vamos logo.

- Arruma suas coisas e vai embora, não suporto mais ver a sua cara aqui.

Arthur me puxou mais uma vez e quando eu me virei para começar a andar, ouço um barulho de tiro, não sinto nenhuma ardência, nem nada, mas sinto a mão do meu menino escorregando pelas minhas costas e sei que quem foi atingido, foi ele.

Apaixonada por um homem mais velho. Where stories live. Discover now