𝑺/𝒏, 𝑺/𝒏...

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Eu acordo de manhã cedo, sozinha, precisando fazer xixi. Eu vou para a minha área de banho, levanto as minhas saias e faço o meu trabalho na bacia de cobre deixada lá para esse propósito, a vergonha esquentando meu rosto mesmo que eu esteja sozinha.

É um dos aspectos mais humildes de ser humano. Sei que as fadas não são deuses, talvez eu saiba disso melhor do que qualquer mortal vivo, mas também nunca vi um debruçado sobre uma bacia.

De volta na cama, afasto a cortina e deixo a luz do sol entrar, mais brilhante que qualquer abajur. Eu pego o papel dobrado atrás do meu travesseiro. Suavizando, vejo a letra furiosa e arrogante de Muichiro rabiscada na página, ocupando todo o espaço disponível.

Em alguns lugares ele apertou a ponta com tanta raiva que o papel rasgou. S/n, diz, cada interpretação odiosa do meu nome como um soco no estômago.

S/n S/n S/n S/n S/n S/n
S/n S/n S/n S/n S/n S/n
S/n S/n S/n S/n S/n S/n
S/n S/n S/n S/n S/n S/n
S/n S/n S/n S/n S/n S/n
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A costureira chega cedo na tarde seguinte, uma fada de dedos compridos chamada Brambleweft. Seus pés são virados para trás, dando-lhe uma marcha ímpar. Seus olhos são como os de uma cabra, marrom com uma linha horizontal de preto apenas no centro.

Ela está usando um exemplo de seu trabalho, um vestido de tecido com linhas bordadas de espinhos fazendo um padrão listrado ao longo do comprimento do mesmo. Ela trouxe com suas peças de tecido, um pouco de ouro duro, um que muda de cor como asas de besouro iridescentes.

Além disso, ela nos diz, é uma seda de aranha tão fina que poderia passar pelo buraco de uma agulha três vezes mais e ainda forte o suficiente para ter que ser cortada com uma tesoura de prata magicamente, para nunca perder sua vantagem.

𝑻𝒉𝒆 𝑪𝒓𝒖𝒆𝒍 𝑷𝒓𝒊𝒏𝒄𝒆, 𝑴𝒖𝒊𝒄𝒉𝒊𝒓𝒐 𝑻𝒐𝒌𝒊𝒕𝒐 Where stories live. Discover now