Meu namorado

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Aquela corridinha rápida para poder postar! Kkk ^_^
Boa leitura pessoal....

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Resmungo manhoso quando a luz do sol que vinha da janela começou a bater em meus olhos. Tento me virar para procurar uma nova posição para fugir da luz quando braços fortes me apertam com força. A memória da noite passada me vem à mente e um sorriso surge em meus lábios. Abro os olhos e tomo cuidado para me virar novamente, tendo um pouco mais de sucesso, e finalmente consegui observar meu namorado dormindo profundamente. Acho que agora eu já posso chamá-lo assim ...Certo?

Matin, mesmo dormindo, me segurava com firmeza pela cintura. Parecia até que tinha medo que eu fugisse. Me aconchego em seja braços e fico um tempo admirando cada curva de seu rosto. Minha mente só pensava no quanto eu tinha sorte de tê-lo.

Mesmo depois de tudo que passamos. Mesmo com seu jeitinho bruto e reservado, quando resolvemos nos envolver secretamente, o Sul Mato-Grossense mostrava um lado que não deixava ninguém saber. Um lado atencioso e apaixonado. Diria até que um pouco inseguro. Sua marra demonstrava ser uma forma de defesa, como uma rosa que tem seus espinhos para afastar mãos curiosas e desajeitadas de se aproximar.

Algumas memórias me vêm à tona. Como quando resolvi aceitar seu desafio da queda de braço. Assim como nosso primeiro beijo acidental na minha casa.... Eu ainda guardava sua foto usando minha camisa "amo queijo". Chegou a ser meu wallpaper por um longo tempo. Quando dormimos juntos a primeira vez, aquilo foi mágico para mim. Até porque eu tinha uma queda enorme por ele, e nunca pensei que seria correspondido da mesma forma. Mas depois daquela noite, acabamos ficando e se encontrando algumas vezes.

Isso me fez lembrar do dia da chuva......


~ Flashback On ~

Bato na porta com força assim que chego em casa e me jogo no sofá. Uma chuva forte caia do lado de fora, assim como a angústia sufocava meu peito com a mesma força. Eu não acredito que o Matin gritou comigo daquela forma. Ele fez meu pior lado se apresentar. Chateado eu acabei erguendo a voz e o respondi na frente do Brasil.
Respiro fundo e resolvo tomar um banho. Deixar a água cair no corpo sempre me ajudava a clarear a mente. Talvez eu até dê uma passadinha na capela de Nossa Senhora Aparecida, para desabafar com minha santinha.
Saio do banho e visto um conjunto de moletom para dormir, quando ouço alguém bater na minha porta.

— Uai! — Resmungo surpreso. Quem seria o doido que andaria nessa tempestade? — Tô indo! Só um cadin!

Corro em direção a porta e dou de cara com o Sul Mato-Grossense. Ele estava ensopado e tremulo pelo frio da noite. Sua boa estava até um pouco descorada e isso me deixou bastante aflito.

— M-M-Mi-Minas....

— Tá doido sô! — Puxo ele para dentro e fecho a porta. Ele estava tão gelado quanto um cubo de gelo. Seus dentes batiam de tanto que ele tremia, e o desespero me bate. — Niqui ocê tava pensando homi! Vem cá...

Levo ele até meu quarto tentando pensar em uma solução. Eu não podia dar um banho quente ou ele poderia ter um choque térmico. O máximo que eu podia fazer era tirar suas roupas, enxuga-lo e enfiá-lo embaixo da coberta.

— Vamo tirá esse trem... — Tento tirar sua roupa, mas Matin segura meus punhos com dificuldade.

— E-e-e-espera...

Tá na hora de assumir!Where stories live. Discover now