Capítulo XXXIV

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E aí, meu povo? Largando esse capítulo e desaparecendo por mais seis meses (⁠ ⁠ꈍ⁠ᴗ⁠ꈍ⁠)

Harry sentava-se ao lado da cama silenciosamente, observando os raios de Sol da manhã iluminando o rosto pálido da pessoa desacordada. Mesmo depois de três dias inteiros, Draco não havia acordado, e Harry não conseguia evitar pensar no pior.

As flores que Narcisa trouxera quando descobriu a situação de seu filho haviam sido colocadas em um vaso, mas já estavam murchando. Harry não sabia nada sobre flores, mas Blaise disse que era um buquê de cravos e gladíolos, o que significava proteção, cura e força. Ele se perguntava se todos os Sonserinos sabiam o que cada flor simboliza ou se era só um requisito para ser amigo de Malfoy.

Ele suspirou, passando uma mão por seus cabelos. O que Draco tinha na cabeça? Quem entra em uma casa em chamas e salva todas as pessoas dentro, mas fica para trás e acaba desmaiando? Quem arrisca a vida daquela maneira por pessoas com as quais ele nem se importa?

A culpa engolia o peito de Harry. Cada minuto que passava e Draco permanecia desacordado intensificava a sensação de impotência dentro de si. O pior de tudo era que ninguém havia colocado a culpa nele, mesmo depois de saber o que causara as explosões.

Uma mão foi colocada em seu ombro, assustando o Eleito. Ao olhar para cima, ele viu o rosto cansado de Narcisa sorrindo levemente para ele. - Bom dia, Sra. Malfoy.

― Bom dia, Harry. ― Ela disse, sentando-se na cadeira ao lado de Harry. ― Mas quantas vezes tenho que te dizer para me chamar de Narcisa?

Ele pressionou os lábios um contra o outro, desviando o olhar. A mulher suspirou, sabendo o que se passava na cabeça do jovem, mas sabia que não poderia dizer nada para aliviar o peso de seus ombros.

Os dois ficaram em silêncio, observando o rosto sereno do sonserino desacordado. Não demorou muito para que passos apressados soassem no corredor e uma garota ofegante parasse na frente da cama, tentando recuperar o fôlego.

― Pansy, bom dia.

― Bom dia, tia Cissa. ― A garota respondeu. ― Qual é o estado dele? Você sabe que os médicos do St. Mungus não contam nada para nós.

― Disseram que ele está estável, mas que não sabem quando ele irá acordar. ― Ela explicou. ― Mas que devíamos manter as esperanças, já que ele não teve nenhum ferimento sério. O médico disse que a exaustão mágica foi intensa, e que o corpo dele vai se recuperar à medida que a magia voltar.

Pansy assentiu. ― E eles sabem quanto tempo isso normalmente demora?

― Em situações normais, cerca de um ou dois dias. ― Narcisa disse. ― Mas como a magia foi sugada, não gasta de maneira natural, pode ser que dure mais tempo. Além disso, Dr. Lionheart disse que algo pode ter desencadeado uma lembrança traumática antes do Draco desmaiar.

― Entendi... ― Ela suspirou. ― Eu não sei porque ele entrou na casa. Eu tentei pará-lo, mas ele já tinha aparatado antes que eu pudesse... Draco, o que tem na sua cabeça, entrando no meio de um incêndio quando... ― Ela parou suas palavras, encarando o amigo. ― Quando você acordar, eu vou te socar tão forte que você vai desmaiar de novo.

Narcisa riu com as palavras da garota. ― Ele tem sorte de ter você na vida dele, Pansy. ― Ela disse. - Obrigada por cuidar do meu filho.

A garota corou com as palavras da mulher, desviando o olhar para Harry, que escutava tudo com uma expressão triste. ― Potter, para que essa cara de condenado?

Ao invés de responder, ele voltou a olhar para Draco, como se nada tivesse acontecido. Ela suspirou, irritada com a reação. ― Harry, não se preocupe. ― Narcisa disse. ― Draco vai acordar logo.

Cicatrizes e FloresWhere stories live. Discover now