18 - Objetivos

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Lily contava mais ainda sobre tudo que conhecia sobre os domínios das Deusas elementais, Elden ficava impressionado a cada palavra dita por sua amiga.
Havia uma montanha gigantesca que era simplesmente uma ilha voadora, que segurava outras pequenas ilhas flutuantes com correntes.
Ou uma montanha que ficava submersa na água, uma que era literalmente um gigantesco vulcão em um local afastado das Terras Primárias.
Tudo era muito incrível, ele ficava espantado com tamanho poder que as Deusas possuíam, por que para poderem construir tudo aquil sozinhas deviam ter um poderoso poder mágico.
Depois de contar tudo que sabia sobre os domínios Elden dizia:
- Eu agradeço! Mas agora você sabe como funciona a magia?
- Putz. Lily não sabia nada sobre magia afinal Vampiros não podiam aprender magias.
- Pelo visto não. - O elfo dava um sorriso de satisfação. - Bem para alguém aprender uma magia o primeiro requisito é despertar o núcleo mágico.
- Núcleo mágico? - A vampira questionava se aconchegando no colo de seu amigo.
- O núcleo mágico é literalmente um segundo coração, mas ao invés de passar sangue para o corpo, ele faz a mana fluir.
- Uau! Eu tenho também? - A vampira perguntava curiosa.
- Claro! Porém o seu infelizmente não é despertado... Mas enfim, assim que o núcleo de uma pessoa comum desperta, ela ganha uma afinidade elemental. - Elden explicava tão bem que a garota prestava atenção em cada palavra dita. - A afinidade elemental é tipo o elemento que você mais se daria bem caso tentasse dominar, porém isso não é uma limitação, uma pessoa poderia ter afinidade com fogo e aprender magias de água por exemplo.
- Mas como isso?
- Simples, a maioria dos seres vivos que podem despertar seu núcleo são aptos para dominarem qualquer tipo de magia, já que grande parte dos seres foram criados pela Deusa de todos os elementos. Graças a isso é possível aprender magias de qualquer elemento, por exemplo, existem bruxos que aprendem magias básicas como levitar objetos, por mais que seja uma magia de gravidade derivada do ar, ainda assim a pessoa pode usar.
- Você é tão bonitinho explicando tudo isso... Lembra até minha mãe quando eu deitava no colo dela e ela começava a contar histórias para mim.
- Sua mãe devia ser uma pessoa gentil... Sinto muito por ela.
- Obrigada... E ela realmente era, els iris ficar muito feliz de te conhecer.
- Será? - O elfo ria.
- Ei Elden... Você acredita em céu ou inferno? - Lily perguntava olhando para os olhos do rapaz.
- Acho que sim, por que?
- É porque eu queria que fosse para o inferno comigo...
- Se realmente existir céu ou inferno, definitivamente você não vai para o inferno.
- Eu matei muitas pessoas, por mais que fosse tentando proteger a coroa e a mim mesma... Não limpa o sangue em minhas mãos.
- Justifica sim... Muitos matam para sobreviver, muitos matam apenas por glória e são considerados heróis, então você definitivamente não vai para o inferno! E mesmo se fosse eu iria junto com certeza.
- Que gentil de sua parte, assim você vai conhecer meus pais! Seria demais! - Lily ficava animada só de pensar na ideia, mas triste ao mesmo tempo.
- Seria mesmo.
- Enfim já que estamos falando de magia... vou te dar uma demonstração! - Elden estendia sua mão.
- O que vai fazer? - Lily perguntava curiosa.
- Apenas veja.
De repente da palma da mão de Elden surgia uma pequena esfera de luz amarelada.
Aquela pequena coisinha iluminava tudo mesmo sendo tão pequena, e da mão do jovem ela flutuava para perto do rosto da garota que olhava maravilhada com aquilo.
- É tão... Lindo! - Lily dizia enquanto seus olhos brilhavam.
A esfera então mudava de cor para um violeta forte.
- Sua cor favorita agora. - O elfo dizia sorrindo.
- Você lembra... Que fofo... Eu posso segurar? - Lilithy perguntava estendendo suas mãos para a luz violeta.
- Claro...
A pequena esfera ia até as mãos da vampira, que segurava gentilmente sentindo a magia daquilo.
Ela aproximava a esfera cada vez mais de seu rosto.
- É tão linda... E ainda não queima. - Lily comentava encantada por aquela luz.
- Você parece realmente uma criança. - Elden brincava.
- Calado elfo! - Lily respondia sorrindo.
O tempo se passava, a menina brincava com a luz como se fosse realmente um brinquedo.
Por mais que ela tivesse acordado poucas horas atrás ela ficava com sono, só de brincar com aquela luz e estar deitada no colo de Elden.
Lentamente um olho dela fechava e logo depois o outro, e ela adormecia.
- Ela dormiu, como que eu saio agora?! - Elden se perguntava quase desesperado. - Mas parando para ver, ela é tão bonitinha dormindo...
O elfo passava sua mão pelo rosto pálido de sua amiga.
Ele se perguntava o por que as pessoas tinham ódio umas das outras, já que todos são iguais, todos riam, todos choravam, todos dormiam, todos eram iguais em praticamente tudo.
- Eu devo contar a ela que eu peguei a coroa? Mas não foi intencional... Eu escutei a voz... E aí tudo pareceu confuso para mim. - O garoto colocava a mão no rosto enquanto continuava dizendo em voz baixa. - Há três semanas quando eu vim aqui pela primeira vez, eu havia pegado a coroa sem Lilithy perceber, foi um impulso, mas quando percebi eu já estava no meu quarto segurando ela nas mãos.
Elden se sentia mal por esconder aquilo de sua amiga.
Além disso ele sentia algo ruim vindo daquela coroa, porém não era como se a coroa tivesse algum tipo de consciência.
Tudo que Elden ouvia da coroa eram sussurros distorcidos, impossíveis de entender.
- Certo mas agora eu preciso saber o que o General quer comigo... Ele tá me fazendo treinar excessivamente, ele só não me faz treinar de noite pois eu dei a desculpa da patrulha noturna. Mas enfim acho que não vou me preocupar muito com isso, vou aproveitar os treinos para ficar mais forte ainda e proteger a Lily... Mas a dúvida ainda tá na minha cabeça... Por que eles querem que eu fique tão poderoso? - Elden pensava naquilo e ficava nervoso, mas ao olhar para sua amiga ele se acalmava por vê-la bem.
"Agora finalmente tenho objetivos, eu quero proteger minha amiga de tudo! E poder visitar todos os locais que ela já foi! Isso sim são objetivos de verdade, antes eu tava existindo só por existir, mas agora eu tenho um motivo pra sorrir, uma pessoa que eu amo, e que eu vou defender até o fim!".

𝑀𝑜𝑢𝑛𝑡𝑎𝑖𝑛𝑠 𝑜𝑣𝑒𝑟 𝑀𝑜𝑢𝑛𝑡𝑎𝑖𝑛𝑠: 𝑊ℎ𝑒𝑛 𝑡ℎ𝑒 𝐿𝑖𝑔ℎ𝑡 𝐹𝑎𝑑𝑒Onde histórias criam vida. Descubra agora