Casal feliz

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Acordo com Kath ausente. Olho para o seu lado da cama e vejo apenas o lençol amassado. Aonde essa garota se meteu? Ela nunca levanta sem acordamos juntos. Minha preocupação se esvai assim que a garota entra com uma bandeja cheia de comida.

- Bom dia meu amor - ela diz, sorrindo.

- O que... o que é tudo isso? - pergunto, admirando o banquete em minha frente - Um pedido de casamento? Porque se for, minha resposta é sim.

- Não seu bobinho - ela balança a cabeça, rindo - é um presente de aniversário.

- Mas nem é meu aniversário - semicerro os olhos, sem entender.

- Eu sei, mas estou adiando o presente. Assim não precisarei dar-lhe algo no dia - Kath responde.

- Isso é sério? - a encanro, procurando qualquer vestígio de ser uma brincadeira. Ficamos alguns minutos nos olhando, até ela ceder.

- Não - ela gargalha - Eu fiz para te agradar.

- Sua presença já me agrada.

A cacheada ri e senta em meu colo, com a bandeja em mãos. Solto um gemido. Isso não é recomendado quando acordo. Me sento, sentindo as pernas de Kath cravarem em minha cintura.

- Ok, preparei um omelete que parece estar bom. Essa torada ficou muito torada mas ainda é comestível, eu acho. Esse café...

Reparo em como Kathleen é linda. Toda a minha atenção está voltada para seus lábios, não para as palavras que saem deles. A língua tocando o céu de sua boca, os dentes perfeitos se encontrando... Pego a bandeja das mãos da garota e a deixo de lado. Kath me encara sem entender.

- O qu... - antes que ela possa terminar, vou de encontro com seus lábios. Agarro sua nuca, a puxando para mais perto.

- Não me responsabilizo com o que acontecer agora - digo, entre beijos - Você sabe como fico ao acordar e mesmo assim, está me provocando. Isso por acaso, faz parte do seu plano?

- Ah, merda - ela ofega, sorrindo maliciosamente - Fui pega no flagra.

Um sorriso escapa de meus lábios antes de devorar Kath novamente. Seus movimentos de vai e vem em meu colo me enloquecem. Somos interrompidos por um estrondo vindo da cozinha. Kathleen e eu nos entreolhamos, correndo até lá.

Ao chegarmos no cômodo, vemos panelas e mais panelas jogadas no chão. Uma em especial se move sozinha. Os garotos e Jules se juntam a nós, preocupados com o motivo do barulho. França é bem rigorosa com esse quesito, não queremos ser repreendidos por mais um gerente.

A panela se move de um lado para o outro e apenas a encaramos. Sabemos quem está por trás disso. Aquele felino rebelde.

O objeto bate nas pernas de Georg, que o tira de cima do bichano. Bola de pelo nos olha paralisado. Ele sabe que fez merda e foi pego no flagra. Seu pelo laranja está sujo de fuligem. Kath se abaixa, acariciando o gato. O animal parece mais aliviado e ronrona. Ele vai até sua cama, como se nada tivesse acontecendo.

Nos encaramos antes de rirmos e começarmos a juntar as panelas jogadas.

- Eu achei que todos os gatos fossem preguiçosos e não tanto bagunceiros - Gustav sorri, pegando uma frigideira.

- Então você não tem tanta experiência com gatos - Jules diz, ainda rindo.

Após arrumarmos o estrago que bola de pelos fez, voltamos até o quarto. Não temos show hoje, apenas um entrevista e várias sessões de fotos à tarde.

Entro fechando a porta, olhando maliciosamente para Kathleen.

- Onde estávamos? - pergunto, segurando a cacheada pela cintura.

Deito Kath na cama e levanto sua blusa, descendo os beijos até sua barriga. A garota morde os lábios, tentando não fazer nenhum barulho assim que abaixo sua peça íntima e deposito leves beijos em sua intimidade. Ela implora por mais, mas apenas a encaro. Seus olhos encontram os meus, me queimando.

Então, volto aos beijos. Kath se segura para não gemer até fazer seus lábios sangrarem. Vou de encontro com sua boca sentindo o gosto de sangue, enquanto meus dedos terminam o trabalho.

Kath e eu nos conectemos de várias formas. Seja pela música, pelos gostos músicas... Nunca tivemos brigas sérias com o decorrer dos anos, apenas discussões que resolvemos na cama.

Talvez eu esteja me precipitando, mas imagino uma vida ao lado dela todo santo dia. Imagino-me casando, construindo uma família, correndo desesperadamente atrás de nosso filhos para não se machucarem, tendo vários animais... Um vida que todo casal sonharia em ter. É claro que surgirão dificuldades, muitas aliás, mas sempre estaremos juntos não importa o que acontecer.

Quando a conheci, nem sonhava que ficaríamos juntos. Não passou na minha cabeça que essa garota, seria minha namorada algum dia. De fato ela não saia da minha cabeça e sempre me perguntava o porquê de meu coração acelerar toda vez que a via. Talvez fosse apenas uma atração que passaria com o tempo, ou uma paixão aleatória assim como ocorreu com outras pessoas. Porém, demorei para perceber que Kathleen era diferente dessas "outras pessoas".

Agora com ela, respondendo perguntas dos entrevistadores e assumindo nosso relacionamento para o mundo, tenho total clareza de o porquê a amo. Seu olhar e seu sorriso me hipnotizam de uma forma inexplicável.

- Morango ou de chocolate? - ela pergunta, interrompendo meus devaneios.

- O que?

- Vai querer um sorvete de morango ou chocolate? - ela repete, rindo - Você parece meio distraído.

- Impressão sua - a cutuco - Chocolate.

Estamos visitando o parque após a entrevista e a sessão de fotos. Andamos de mãos dadas livremente, sem se importar com os cliques de câmeras e os sussurros. É claro que há seguranças nos acompanhando de uma distância razoável, nunca se sabe o que pode acontecer.

Ao chegarmos no hotel novamente, pedimos várias pizzas.

- Sexta é a minha segunda palavra preferida com s - Tom diz, se jogando no sofá.

- E qual a primeira? - pergunto, já sabendo a resposta.

- Sorvete.

- ATA! - Jules gargalha.

- Tom é fã de sorvete - ri Gustav.

- Principalmente o da Jules - o garoto de tranças diz, sorrindo maliciosamente para a loira.

- Ew - Georg faz uma careta - Casal feliz.

- Precisamos desencalhar - o loiro diz.

- Necessitamos - Georg concorda.

Deixe-me Te Amar - Bill Kaulitz Where stories live. Discover now