Presente

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Na carruagem, Aemond se dá conta que se esqueceu de algo.

— Aegon? – Aemond olhou para Aegon, estreitando o olhar em contemplação. Aegon voltou sua atenção para o mais novo. Houve um solavanco antes que a carruagem começasse a se locomover – Onde estão o Sor Criston e Sor Erryk? Eles não deveriam estar nos protegendo?

Depois que o almoço terminou – surpreendentemente sem mais ocorrências, embora Aemond tenta visto Daemon colocar a mão no cabo da Irmã Negra umas duas vezes enquanto olhava para Otto –, Aegon meio que o sequestrou pelos corredores do castelo, Helaena veio de brinde, apenas sorrindo serenamente quando Aemond perguntou porque ela estava ali.

O que esperava por eles era uma carruagem simples, muito antiquada para a realeza sair em passeio, porém Aegon aparentemente não queria chamar atenção desnecessária. O que Aemond podia entender muito bem. Ele quase nunca usava carruagem para sair do castelo, preferindo usar um cavalo veloz e caminhar sozinho, mas se caso fosse necessário sair de carruagem, a carruagem tinha que ser simples. Apesar de ser "simples", não é discreta, já que ter uma roda de quinze guardas para proteção chama atenção de qualquer um. Porém, Aemond não vai reclamar.

Aegon sorri.

— Não fique tão preocupado, irmão – ele disse tranquilamente, se encostando nas almofadas do assento da carruagem – Se você continuar se preocupando assim, vai começar ficar como o nosso pai. Careca.

O mais velho começa a cacarejar como uma galinha irritante e Aemond tem que lutar contra a vontade de bater na própria testa.

Helaena solta uma risadinha.

— Eles estão bem, irmão – ela diz olhando para o lado de fora da carruagem, observando com interessante a vida das pessoas comuns – Eles estão bem. Todos estão bem.

A forma como Helaena falou fez Aemond olhá-la atentamente, mas ela não se virou para olhar para ele, parecendo bastante distraída. Ele então se vira para Aegon e o mesmo parece ter entrado em um mundo em sua própria cabeça, não parando de rir por nada.

Com um suspiro, Aemond se acomoda.

'Estou cercado por loucos ', ele pensa com carinho.

— O que você achou do almoço, irmão? – Aemond chama a atenção de Aegon. A risada bizarra do mais velho finalmente parando.

— Além de todo o entretenimento que nossa querida família nos proporcionou? – Aegon pergunta sarcasticamente,  cruzando os braços – Foi no mínimo interessante. As filhas de Daemon pareciam estar confusas sobre tudo o que aconteceu. Jacaerys também. As únicas reações interessantes foram Rhaenys fofocando com seu marido, sem parecer surpresa; Lucerys, que parecia saber que isso iria acontecer, mas ainda horrorizado e por fim, nossa mãe – Aegon diz zombeteiro, revirado os olhos com a memória de alguns momentos atrás – Ela certamente deu um show.

Lembrando das reações, Aemond concorda.

— Aparentemente, Daemon e nem Rhaenyra falaram para os outros sobre seus planos – ele continua –, embora , as reações de Lucerys pareçam interessantes. Eu não estava prestando atenção nele na hora, mas com a forma que os outros reagiram – Aemond balança a cabeça, suspirando – me faz questionar se foi uma boa decisão.

Aemond olha para fora da janela da carruagem. Um silêncio recai sobre a carruagem com a sua declaração.

Ele se vira quando sente uma mão em seu joelho. É Aegon, mas quem fala é Helaena.

 𝐈𝐧 𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐄𝐲𝐞𝐬 Where stories live. Discover now