Meu desejo inesperado - wenclair

capítulo 22

Os dois jogaram tanto, estavam suados e consequentemente fedidos.

- Vão tomar banho! Estão podres! - Fiz cara de nojo.

- Isso é cheiro de testosterona, filha!! - Pugsley disse orgulhoso.

- A claro, é tanta testosterona que teve que dar um pouco dela para Eugene pela boca. - brinquei, deixando o garoto vermelho.

Eugene nunca riu tanto.

- Eu vou embora, esse cheiro de "testosterona" está horrível! - Eu disse tentando me levantar, mas não consegui muito bem, já que as muletas estavam lá embaixo.

- Eu te ajudo, já vou ir embora mesmo! - Eugene passou o braço pelo meu corpo, se despediu de Pugsley e fomos para fora.

Quando saímos do quarto, vi minha vó arrumando um dos sofás para ela se deitar.

Todos estavam dormindo, Xavier e sua irmã tinham ido embora.

- Vó! Não vai dormir aí! - Falei, descendo as escadas com o garito e indo pra sala pegar minhas muletas.

- E onde mais eu iria dormir? Com você e sua namorada?! - Ela disse em um tom irônico.

Eu ainda não me acostumei com o fato de estar tão na cara de que eu e a Sinclair temos algo, sempre fico vermelha!

- Está toda vermelha! - Minha avó veio até mim e apertou minhas bochechas.

- É.... você pode dormir no quarto do Pubert, vó! A cama dele é grande. - Mudei de assunto.

- Tudo bem, eu vou! Boa noite meu amor! Boa noite Eugene! - Minha avó falou em um tom carinhoso.

- Boa noite!! - O garoto saiu.

Vovó me ajudou a subir as escadas e cada uma foi para seu quarto.

Abri devagar a porta pois Enid estava dormindo, mas ao entrar no quarto vi a loirinha super acordada, mechendo em seu celular.

- Wed! - pulou da cama e veio até mim, me abraçando.

- Pensei que você estava dormindo, Nid, por que está acordada ainda? - Tudo bem que ainda era meia noite, mas pensei que a garota estava dormindo.

- Eu estava dormindo! Mas eu acordei com um barulho do celular, mas ainda não sei de onde veio! - Fez cara de emburrada.

- Posso ver? - deixei as muletas encostadas na parede e fui até a cama com Enid.

Vi que a notificação era do WhatsApp e entrei, era um número não salvo falando que queria ver sua filha,  tinham muitas conversas, sempre sobre pensão, dinheiro e coisas do tipo.

Como o celular era de Enid, mas quem controlava era sua mãe, com certeza não era Enid quem mandava as mensagens.

Me lembro de Enid falar que o seu pai tinha falecido, então não entendi, mas resolvi não investigar.

- Não é nada, cara mia. - Devolvi o celular para a garota.

- Wed, posso perguntar uma coisa?

- Claro. - me deitei na cama e Enid permaneceu sentada.

- Quem é sua cantora favorita?

- Bom, eu não tenho, e por que você não se deita?

Enid balançou a cabeça negativamente para mim.

- Vou dormir no colchão, não posso dormir do seu ladinho enquanto você não melhorar!

- Sério isso? Deita comigo! - Fiz um biquinho.