IV

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Tighnari acorda com o despertador o alertando que era hora de levantar. 05:50 era o horário que marcava no relógio digital, ainda com preguiça o orelhudo se levanta e vai se arrumar.

Depois de um café reforçado pega seu celular, as chaves do carro e vai para a garagem. O feneco põe a localização do seu destino no GPS e ruma para a casa.

Ele chega com alguns minutos sobrando, estaciona sua picape perto da estufa de vidro que havia perto da casa.

- Chegou cedo. - Cyno chega perto da picape.

- Desculpa é um problema? - o feneco pergunta nervoso descendo e fechando a porta.

- De jeito nenhum, é até melhor. - Cyno tenta acalmar o outro.

Os dois pairam em um silêncio com nenhum dos dois sabendo o que dizer.

- Essa picape era do meu pai. - explica percebendo que seu chefe estava encarando o carro.

- Seu pai tem bom gosto. - o pardo fala olhando o carro de cima a baixo.

- Tinha mesmo. - Tighnari deixa escapar um suspiro.

- Tinha? - Cyno o questiona.

- Meus pais morreram quando eu tinha cinco anos. O orfanato falou que foi um acidente de carro enquanto estava na escola. - o orelhudo fala com pesar no olhar.

- Eu sinto muito. - é tudo o que Cyno fala antes de olhar para Nari.

- Isso não importa mais, além disso, você deve ter outra razão para falar comigo. - o orelhudo fala dando um sorriso.

- Sim, eu esqueci de avisar ontem mas se quiser pode almoçar aqui para não ter que ficar indo e voltando da cidade o tempo todo. - Cyno coloca ambas as mãos no bolso de sua calça jeans.

- Ah sim, muito obrigado. - o feneco alarga mais o sorriso.

Um silêncio pairou sobre eles de novo com ambos se encarando como no dia anterior. Tighnari percebeu que Cyno não tirava seus olhos dos do dele, deu uma leve tossida para tentar fazer com que o pardo parasse de o encarar.

Deu certo fazendo com que Cyno desse um aceno com a cabeça, virasse as costas e fosse para dentro da mansão.

"O que ele tem?" Nari se questiona indo para dentro da estufa. Lá ele se prepara vendo que tipos de sementes tem lá, lendo um manual resumido das plantas que havia, que tipos de ferramentas tinha e onde estavam localizadas.

O feneco deu uma cuidada das flores e plantas que estavam na estufa. Ele ficou tão entretido que não havia visto o tempo passar e ouviu seu celular soar o alarme da sua hora de almoço.

Ele se dirige até a porta da mansão a abrindo. Virando a esquerda andou mais dois cômodos para achar a cozinha. Deu três batidas na porta logo ouvindo uma voz dando permissão para entrar.

Tighnari entrou vendo uma mulher de aparente 70 anos mexendo na panela, vendo o feneco deu um grande sorriso limpando as mãos no avental se dirigindo a ele com os braços estendidos.

- Você é o novo jardineiro não é? Muito prazer, me chamo Zaíra e acho que já deu para perceber que sou a cozinheira. - Zaíra abraça apertado Tighnari com um sorriso de orelha a orelha.

- Muito prazer também, me chamo Tighnari. - o feneco fala soltando uma arfada de ar por conta da força da pequena mulher que conseguia ser menor do que ele chegando em seus ombros.

- Solta ele vovó! Você está esmagando ele. - Samir entrava na cozinha junto de Cyno e um homem mais velho de terno.

- Ah me desculpe é que eu achei você tão lindo. - Zaíra ajeitava seus óculos que quase caiam de seu nariz pequeno - Podem se sentar que já estou acabando aqui.

Meu lindo monstro I Cynonari Onde histórias criam vida. Descubra agora