Laço entre nós | steloisa

Capítulo 3: fruto proibido

Um bom filho à casa retorna!

Josy, fã número zero (como ela disse) Essa é pra você amor!

Queria começar esse capítulo agradecendo a cada pessoa que me mandou mensagens lindas, me motivando a voltar com essa história.

É tão incrível e gratificante ver o carinho de vocês com o que eu escrevo, eu só sei ser grata e dizer que amo cada um que lê e se imerge nas minhas loucuras juntinho comigo!

Tata, dupla querida, amada, ser humano portador de um coração incrivelmente altruísta, te amo! Obrigada por estar sempre!
Não sei o que seria de todas as minhas ideias mirabolantes sem você.
❤️

Boa leitura, amo todes!

"Perde-se também é caminho"

Clarice Lispector.

Narrador

Em nossa vida, em nosso cotidiano, tudo se inicia através de algo, seguindo posteriormente o ciclo da vida: início, meio e fim. Logo, assim como o universo em que vivemos, o surgimento dos seres humanos também teria que ter um início, um princípio; teria que ter uma teoria para explicar o surgimento da nossa matéria - cada partícula.

Há quem acredite na ciência para explicar a teoria cosmológica sobre o desenvolvimento inicial do universo, a famosa teoria do big-bang. Que tem seus princípios embasados em uma hipótese de que o universo estava quente e denso em algum ponto do tempo finito no passado, e que por consequência acarretou em sua expansão através de uma explosão, surgindo assim o aparecimento de planetas, estrelas, corpos celestes e etc. - é a teoria mais sólida e aceita na atualidade. E dentro dessa mesma teoria que pressupõe o início de tudo, a ciência foi capaz de dizer como os seres humanos surgiram e foram evoluindo desde os primórdios.

Por outro lado, há quem acredite piamente na magnitude e nos milagres que englobam o divino; e que o princípio de tudo surgiu através do seu feito em criar os céus e a terra. Sem embargo, Deus, constatando que havia trevas sobre a face do abismo, declarou: haja luz. E houve luz. E esse foi o princípio de tudo.

O que é direito do ser humano apesar de sua crença, é o livre arbítrio. Dando-nos o poder de decidir como, quando, e o quê iremos fazer com nossa própria vida, tendo em vista de que as consequências são unicamente da responsabilidade de cada um.

Portanto, sentado sobre o acolchoado do sofá, com uma taça de vinho na mão e um buquê de orquídeas na outra, Stenio travava uma batalha com o seu próprio inconsciente. A imagem da mulher à sua frente desafiava qualquer teoria da criação dos seres humanos, pois se Heloísa surgiu da costela de um homem ou do pó, as partículas dele haveriam de terem sido transmutadas ao pó do ouro, ou, Deus há de ter feito aquela mulher com o intuito de desafiar tudo o que ele acreditava.

- Mas é muito desaforado mesmo...- dizia enquanto fechava a porta atrás de si. - Além de estar acomodado na minha casa como se fosse sua, está bebendo do meu vinho e sentado no meu sofá com a cara mais lavada desse mundo. - jogou a bolsa em uma cadeira que havia ali e caminhou até ele.

A figura da mulher que seguia em direção ao seu encontro parecia ter saído de um livro de mitologia romana, o ar que pairava sobre aquela cena a cada passo minuciosamente atraente, firme e sensual, o fazia ser incapaz de distinguir se tratava-se de afrodite ou vênus. Mas pela completa magnitude com que ela o atraia inconscientemente, certamente seria a perfeita junção das duas deusas em uma só: Heloísa Sampaio.