𝚂𝙲𝚁𝙴𝙰𝙼 𝚀𝚄𝙴𝙴𝙽

ℂ𝔸ℙ𝕀𝕋𝕌𝕃𝕆 ℕ𝕆𝕍𝔼

A campainha acima da porta tocou quando você entrou no pequeno café do campus. O restaurante estava sempre lotado por volta do meio-dia, quando a maioria dos alunos estava no horário de almoço e hoje obviamente não foi exceção. O ar estava pesado e cheio de conversas enquanto você passava pelas mesas e passava pelos servidores a caminho do fundo.

Era difícil ignorar os olhares estranhos que você recebia dos outros clientes, mas há muito tempo você dominava a arte de não se importar com a forma como as pessoas percebiam sua situação em constante evolução. Agora, mais do que nunca, você estava grato por ter Hallie como sua colega de quarto. Ela não guardava nenhum rancor de você por acordá-la em horários estranhos da noite, chutando e gritando durante um terror noturno. Eles pioraram significativamente e foram surpreendentemente frequentes desde o ataque.

Seus pesadelos eram sempre conduzidos mais ou menos da mesma maneira. Você estaria correndo pelos corredores intermináveis ​​da casa da irmandade, Ghostface perseguindo você com a faca na mão. Mas o mais assustador não era a ameaça iminente de ser empalada pela lâmina de aço; era a máscara.

Cada vez que você ousava olhar por cima do ombro, o grito silencioso alargava sua papada e a tinta branca se transformava e corrigia a forma até assumir a forma de alguém que você conhecia. Primeiro foi Tatum, mas seu rosto estava pálido e sangue quase preto escorria de seu pescoço pela fantasia. Depois vieram Sidney, Dewey e finalmente Randy. Mas nunca Billy ou Stu, o que deixou você confuso.

Seus dois meninos estavam debruçados sobre uma mesa perto da janela alta que ocupava quase toda a parede dos fundos do estabelecimento. Eles pareciam estar no meio de uma conversa acalorada, mas suas bocas se fecharam e ambas as cabeças viraram quando você puxou a terceira cadeira e se sentou. "Ei, pessoal" você sorriu, colocando sua mochila debaixo da mesa.

"Ei" Dewey assentiu, com as mãos cruzadas educadamente sobre a mesa. Foi a primeira vez durante sua visita a Windsor que ele não usou seu habitual uniforme formal de xerife. De alguma forma, você o convenceu a tirar um dia de folga da investigação e ele estava fazendo um esforço para não deixar sua culpa transparecer em seu sorriso, mas você sabia que ele ainda se sentia péssimo pelo que você passou e que, mais uma vez, ele falhou. para protegê-la do assassino.

Randy sorriu e deslizou cautelosamente uma lata fechada de Coca-Cola pela mesa em sua direção. “Eles não servem café depois das onze” explicou. Ele e Dewey tinham suas próprias latas de refrigerante abertas na frente deles e você não perdia nem um segundo antes de abrir a tampa e tomar um longo e merecido gole.

No canto do café, logo acima da longa mesa de doces variados, havia uma televisão alta e baixa. De onde estava encostado na parede, dava para ver a tela clara como o dia. "Oh, Jesus" você murmurou, revirando os olhos e colocando a lata de volta no lugar. Foi mais um trailer do filme Stab.

Você os pegou algumas vezes com o canto do olho na sala comunal do seu dormitório, mas nunca tentou sentar e assistir a um deles até o fim. Sua personagem, até onde você sabia, foi retratada no filme como uma estudante estúpida do ensino médio que ignorava descaradamente todas as bandeiras vermelhas hasteadas na frente de seu rosto. A atriz era familiar, embora não muito famosa, e eles convenceram um jovem ator galã a interpretar Billy. Mas o orçamento era menor que o papel e todo o resto parecia ter sido filmado dentro de uma loja de um dólar.

Uma cena apareceu e você reconheceu o contexto imediatamente. Foram você, Billy e Stu amontoados na escada da escola. Sua mandíbula ficou tensa e você teve que se conter fisicamente para não esmagar a lata de refrigerante em suas mãos. Você nunca deu nenhuma entrevista oficial discutindo seu relacionamento com os meninos antes do massacre, então não tinha ideia de como exatamente eles sabiam do incidente.