Cap 30

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Sophie Wilson

Fomos os três até o andar da advocacia, o senhor Losartan pediu para que sua secretária mandasse chamar a polícia e que subissem alguns seguranças para o andar que estávamos indo, isso me assustou um pouco, mas eu sabia que os dois homens ali comigo eram pessoas importantes e influentes, fazendo com que todo cuidado fosse pouco.

Andamos lado a lado e entramos os três no elevador, senti meu corpo estremecer e minha respiração ficar ofegante, tentei voltar a respirar normalmente e até mesmo me distrair da crise de pânico que estava começando a me assolar apertando uma mão na outra e sem querer fincando minhas unhas na palma, o que não adianta muito e eu me sinto hiperventilar, agora não era a hora nem o lugar para ocorrer uma crise dessas só que as vezes acontece de algum gatilho interno ou externo ser ativado e uma crise acontecer. Andrew logo percebe a minha movimentação quase que falha de me recompor e viu que algo estava errado comigo, segurou uma de minhas mãos fazendo com que eu imediatamente pare de me machucar, sinto ele a apertar e em seguida a levar até o peito para chamar minha atenção para si, eu não consegui olhá-lo imediatamente, mas ele se abaixou em direção ao meu ouvido e sussurrou para que somente eu o escutasse.

 Andrew logo percebe a minha movimentação quase que falha de me recompor e viu que algo estava errado comigo, segurou uma de minhas mãos fazendo com que eu imediatamente pare de me machucar, sinto ele a apertar e em seguida a levar até o peito par...

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– Tenha calma, nada do que viemos fazer aqui é algo que já não fizemos antes.

– Ah claro... – Respiro fundo pegando todo o ar possível e o solto de forma um pouco mais ruidosa do que eu gostaria, chamando a atenção do senhor Losartan que nos olha de soslaio – Da última vez que deu um problema na empresa Amanda quase morreu. – Sussurro de volta com a voz entrecortada agora o olhando atentamente.

– Credo Sophie, homem nenhum é louco de fazer algo com você... – Sua voz aumenta alguns decibéis e ao perceber que Anselmo nos olha diretamente e então ele coça a garganta voltando a ficar com o corpo ereto.

Esse pequeno diálogo já faz meu peito diminuir um pouco da dor e da compressão, bom que isso se deu bem na hora que chegamos no andar que precisávamos e saímos do elevador.

As vezes mudar o foco ajuda na diminuição dos sintomas, outras vezes apenas com uso das medicações que estão sempre comigo seja na bolsa ou carteiras. Até mesmo Andrew tem uma cartela de um dos meus remédios em sua carteira para o caso de eu precisar, como já aconteceram algumas outras poucas vezes quando estávamos juntos.

Me forço a pensar no que viemos fazer aqui, assim meu foco principal não vai ser o homem pelo qual teremos que conversar e sim as coisas que teremos que resolver após.

Depois do embate que vamos ter com Douglas Louzine temos que comunicar o desfecho para o RH para que eles façam a parte deles de todo o processo. A minha ideia juntamente com Andrew era de mudar todos os advogados atuais e com isso já tínhamos contratado de antemão uma empresa renomada para cuidar de tudo, um amigo do pai de Amanda que iria comandar a nova equipe daqui para frente, estavam só esperando a gente dar o ok.

Provavelmente eles já começariam amanhã mesmo pois hoje faríamos de tudo para resolver essas pendências e encaminhar as pessoas para o RH que também já estava com todas as papeladas prontas para serem assinadas.

Infelizmente não tinha como ficar com ninguém, sairiam daqui sem uma mancha no currículo a grande maioria deles, somente as pessoas que tínhamos provas contra que responderiam com a polícia a partir daqui. Fui contra no início, mas Andrew deixou claro para mim que mesmo sem provas possivelmente havia pessoas na equipe que eram cumprisses ou até mesmo somente convenientes e isso não podíamos ter.

Passamos pela mesa da secretária que só dá um sorrisinho para o CEO e prosseguimos até a porta, Anselmo bate nela e após receber uma resposta abafada e aparentemente ignorante entramos todos em sua sala, ele estava concentrado no seu notebook e nem olhou para ver quem entrou. Com um aceno de cabeça Andrew me dá o sinal.

– Senhor Louzine? – Pergunto assim que nos aproximamos do homem de aproximadamente sessenta anos.

– Depende de quem pergunta. – O escuto resmungar sem nem olhar quem o está chamando, me contenho para não revirar meus olhos ou bufar e aperto a mão de Andrew que ainda está segurando a minha desde o momento do elevador poucos minutos atrás.

– Sophie Wilson advogada sênior da Empires McNa matriz de Nova York e acho que o senhor conhece Andrew McNa um dos donos da empresa e Anselmo Losartan o CEO. – Minha voz soa um tom acima da que usei anteriormente e o homem levanta o rosto imediatamente mostrando um certo pavor ao nos ver ali, esse era exatamente nossa ideia inicial.

– Senhorita Wilson, senhor McNa não estava esperando por vocês aqui. – Ele deliberadamente ignorou Anselmo e se levantou as pressas e com a mão nos mostrou as cadeiras de frente a sua mesa. – Sentem-se por favor, aceitam um chá ou alguma coisa?

– Não queremos nada, viemos para esclarecer algumas coisas. – Anselmo se pronuncia e o homem nega com a cabeça.

– Eu insisto... – Ele pega o telefone e disca algum número. – Verônica trás café para todos aqui, AGORA. – Ele grita a última palavra, eu estremeço e Andrew percebe segurando ainda mais firme minha mão.

– Não será necessário nada disso Douglas, já descobrimos todo o seu esquema. Peço que recolha suas coisas imediatamente e deixe a empresa acompanhado da polícia imediatamente. – A voz potente de Andrew se faz presente.

O homem arregala os olhos e dá um passo para trás o que faz sua cadeira que contém rodinhas rodar para longe e bater na parede num baque surdo.

– E qual é a acusação? – O homem retruca parecendo bravo enquanto volta para sua mesa e a empurra na nossa direção, sou imediatamente colocada atrás do corpo musculoso de Andrew como forma de proteção e minha mão é solta. Não consigo ver muita coisa do que acontece, mas dá para entender o que está desenrolando por conta de todo o diálogo. – Vocês não têm provas contra mim, esse papo é ridículo.

– Se acalme Douglas, viemos pacificamente. – Anselmo volta a falar, mas o homem bufa ainda mais irritado.

– CALA A BOCA VELHO IDIOTA! – Ele grita saindo do controle e deixando sua máscara de bom moço cair. – Sabe o quanto de dinheiro eu ganhei roubando de vocês esses contratos milionários e vendendo para a concorrência? HAHAHA.

– Se contenha senhor Louzine... – Anselmo tenta novamente, mas para de falar quando Douglas vem igual a um touro na nossa direção e chuta a mesa que cai no chão junto com tudo que havia em cima, Andrew é mais rápido e se afasta me levando junto com ele ainda me protegendo com o seu corpo.

Algumas dessas coisas pequenas batem nas nossas pernas, mas não nos machucam. O bom é que antes que ele chegue na estante para derrubá-la também os seguranças entram na sala e o seguram. O barulho das coisas caindo e dos gritos foram tão altos que isso com toda certeza chamou a atenção dos seguranças que estavam de prontidão do lado de fora.

Enquanto Douglas é arrastado para fora da sala ele simplesmente grita a plenos pulmões para que os seguranças o soltem, ele é colocado no elevador e levado direto para a delegacia.

Olho ao redor e percebo que com o tumulto de vozes alteradas e coisas caindo todo o andar saiu para ver o que estava acontecendo, as pessoas falavam sem parar e nos olham com muita curiosidade, o problema é que elas começam a ficar embaçadas assim como suas vozes que parecem a cada segundo ainda mais altas.

Como se fosse um zumbido escuto ao longe a voz de Andrew falando alguma coisa e depois de um tempo me chamando, eu mal o vejo, sua imagem está totalmente desfocada, até que em um dado momento eu simplesmente sinto a escuridão tomar conta de mim aos poucos e tudo de repente desaparecer...

Seduzindo meu Chefe - Família McNa 4Onde histórias criam vida. Descubra agora