O que você faria se a sua namorada simplesmente sumisse sem deixar rastro?
Lewis acordou numa manhã como qualquer outra, sozinho, na qual ninguém sabia o motivo do desaparecimento da garota.
Mas foi quando fazia exatamente 2 anos que as autoridades...
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MARIANNA SHUMACHER POINT OF VIEW
Haviam se passado semanas desde a notícia atual ser a doença do meu pai. Eu os evitei, estava machucada com tudo aquilo. Mas o facto de Lewis e Alice sempre me incentivarem ajudou muito, preciso confessar.
- Mas é sério. Eu acho que você deveria estar com ele, aproveitar os últimos momentos. - Alice disse após amamentar o pequeno que estava no seu colo.
- Machuca tanto pensar que provavelmente são os últimos momentos com ele Ali. - Murmurei.
- Quando o meu pai faleceu eu menti para ele morrer em paz. Por isso estou na Ferrari até hoje. - Charles murmurou. Fiz um "o" com a boca, de espanto.
- Não vou dar a minha humilde opinião sobre isso. - Alice murmurou fazendo o mesmo revirar os olhos.
Talvez todos tivessem razão, eu precisava de o ver, o mais urgente.
- Acha que ainda o consigo ver hoje? - Perguntei encarando Lewis que se divertia com o pequeno garoto.
- Você quem sabe, M. - O novo apelido causava me arrepios.
E assim nos despedimos daquele lanche que durou provavelmente 3 horas.
Desta vez era Lewis quem dirigia, e eu apenas fiquei encarando a vista além da janela, perdida nos meus pensamentos.
- As pessoas cometem erros. - Lewis murmurou quebrando aquele clima.
- É, você tem razão.
- Você nunca sabe a última vez que vê alguém. - A mão de Lewis estava próxima.
Eu queria agarra-la como nos antigos tempos, mas não podia mais. Não era certo ter contacto físico com ele, jurei a mim mesma que não passaria de amizade e algumas fagulhas, mas que estas jamais pegassem fogo.
- Não estou preparada. - Murmurei quando o carro parou, e Lewis abriu a porta, mas permanecendo dentro do carro.
- Vai dar tudo certo, eu juro. - Sussurrou abrindo a minha porta e me puxando para fora do carro gentilmente.
Sem pensar muito, e indo contra todos os meus antigos pensamentos, uni as nossas mãos. Respirei fundo antes de tocar na campainha, mas quando o fiz a minha mãe abriu a porta. Derramou lágrimas quando a abracei com força.
- Me desculpa, nós erramos feio, mas nós te amamos. Me desculpa minha filha. - O desespero na sua voz era algo que estava nítido.
- Está tudo bem mãe, eu juro. - Me afastei da mesma e sorri.
- Meu deus Lewis, quanto tempo. - Minha mãe o recebeu com um abraço carinhoso, como sempre.
A mais velha nos deu espaço para entrarmos.
- Cadê o pai? - Perguntei me sentando do lado de Lewis, no sofá.
- Tá tomando um banho. - A sua feição me assustou, eu sabia que algo não estava certo.
Ficamos falando sobre coisas aleatórias dos tempos das corridas do meu pai, sobre o quão a minha mãe amava viajar com ele. E aquilo em certa parte me trouxe à nostalgia de eu e Lewis sermos namorados fora da pista, mas na pista os maiores inimigos.
- Querida, quem está aqui? - A voz grossa do meu pai ecoou pelo espaço. - Filha...
Me aproximei do mais velho e o abracei, como era bom estar com ele. Meu pai e eu desde sempre fomos os melhores amigos.
- Como está se sentindo? - Perguntei.
- Me sinto cansado, tem dias que me sinto melhor, mas tem outros que me sinto horrível. - O homem de olhos azuis se sentou no sofá.
- Você vai conseguir aguentar isso. - Eu sabia que não, mas preferia acreditar para não doer tanto.
Eu sabia que em meses ele não estaria mais aqui.
- Lewis, nós te devemos um pedido de desculpas. - Meu pai disse o encarando.
O corpo de Lewis estava rígido, mostrando o quão tenso estava, os seus lábios estavam presos, e os seus olhos apenas observavam o ambiente.
- Sim. Mas principalmente a você meu amor. - Minha mãe afirmou depois de dar um gole no seu famoso chá de limão.
- Está tudo bem, eu perdoo vocês. Todo mundo erra. - Fui sincera.
- Vocês não têm que pedir absolutamente desculpa por nada. Não estou com raiva. - Lewis disse esboçando um sorriso.
- Tudo o que fizemos foi pela nossa filha, não foi a atitude mais correta... mas hoje reconhecemos isso. - O meu pai disse encarnado o chão.
- Estou muito feliz por estarem juntos novamente. - A minha mãe disse sorrindo.
- Não, nós não estamos juntos. - Respondi rapidamente.
- Somos apenas amigos. - Lewis explicou.
Amigos, apenas isso.
- Me desculpem então. - A minha mãe sorriu.
Ficamos até tarde conversando sobre coisas aleatórias, o meu pai e Lewis conversavam sobre carros e maneiras de dirigir. Eu e minha mãe fazíamos planos para o futuro.
Planos estes, que não incluiriam o meu pai, mas preferimos sonhar e imaginar que ele estaria connosco para sempre. Mas sabíamos que isso não aconteceria.
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Estou de volta! Peço imensa desculpa por desaparecer e voltar a aparecer. Ultimamente tenho estado mais atarefada e confesso que desanimei um pouco por conta das poucas visualizações e votos.
