Cap. 33 - Robin Arellano...

66 9 2
                                    

Capítulo 33 | Sarah Arellano

Continuei batendo, até finalmente achar o painel, peguei uma das garrafas de vidro que o sequestrador havia me dado para beber água e quebrei no chão

Fazendo ter vários vidros, peguei um deles e tentei abrir, mas assim que tirei me decepcionei com carnes, tentei ver se tinha mais alguma coisa, aquilo não podia ser a única coisa que tinha lá

Mas realmente, não tinha nada, sai e me deitei na cama, tantas coisas estavam passando em minha cabeça, eu estava exausta, meu copo estava dolorido e eu só conseguia imaginar tudo o que eu passei de bom antes de chegar naquele inferno

Comecei a chorar, tirar toda a pressão que estava dentro de mim a muito tempo, eu não conseguia mais ter forças para lutar e nem para escapar, tudo o que eu fazia dava errado então eu só iria desistir e esperar ele me matar

Até o telefone começar a tocar novamente

- por favor, só para - falei passando minha mão em meu olho molhado por lágrimas

Minha cabeça estava doendo e eu não conseguia mais ouvir o barulho daquele telefone então fui até ele

- o que e? - perguntei limpando meu rosto

- oi Sarah - ouvi uma voz familiar

- Robin? Robin e você? - perguntei feliz

- E, sou eu maninha. Eu tô aqui, com você, eu estive com você esse tempo todo - ele disse

- isso é sério? - perguntei

- claro, eu tenho orgulho de você - ele disse

- obrigada - falei quase chorando novamente

- você vai sair daqui! Sozinha - ele disse ao telefone

- Eu já tentei de tudo, nada funciona - falei

- ainda, lembra o que eu te disse na nossa última conversa? — Robin perguntou

— Sim... — falei

— Eu disse uma coisa específica, que eu me defendo, e que você tinha que aprender a se defender também — Ele falou

- Eu não sou forte que nem você! Acho que só me faço de durona - falei

- Você é forte! Eu sei que é, sai daqui por mim, maninha - ele disse

- como? Eu não tenho nada ao meu favor - falei

- Tem sim! Você tá segurando ela agora - ele falou e eu olhei para minhas mãos

- o telefone? - perguntei

- enche com bastante terra, aperta bem, deixa pesado - Robin disse

- e depois? - perguntei

- depois você treina, e de novo, e de novo, até não aguentar mais - ele disse

- eu meio que já venho fazendo isso dês que cheguei nesse inferno - falei

- eu falei que era forte - ele disse

- o que eu tenho que fazer? - perguntei

- levanta o telefone, dá um passo para trás, um passo para a frente, um passo para trás e bate! - ele falou - tenta

- quando?

- Agora!

- tá legal, e um passo para frente - falei tentando aprender

- para trás, é um passo para trás primeiro! - ele disse me corrigindo

- beleza, um passo pra trás... - tentei continuar

- primeiro tem que levantar o telefone - Robin disse me corrigindo novamente

- ai Robin, eu não sei se eu consigo - falei sem esperança

- e claro cosegue, você é uma Arellano e nunca desiste, é por isso que eu tenho orgulho de ser seu irmão - ele disse e por algum motivo isso me ajudou muito

- tá, levanta o telefone, um passo para trás, um passo para frete, um passo para trás e bate! - falei tentando aprender na minha mente

- e isso, agora tenta - ele disse

Tentei fazer isso, e realmente, consegui. Fiquei treinando por alguns minutos com Robin

- e isso, você conseguiu - ele falou

- ainda falta muito para eu realmente conseguir - falei me sentando na cama

- enche o telefone de terra igual eu falei, e tenta achar alguma coisa pra cortar o fio do telefone - ele disse

- eu vou continuar conseguindo falar com você? - Perguntei

- essa é a última ligação, não consigo mais aparecer para você e nem ligar, não com o telefone cortado. E com você daqui pra frente! - ele disse

- e se eu não conseguir? - perguntei com medo

- você vai! Eu sei disso, e vai encontrar o finney novamente e crescer como uma pessoa normal - ele disse

- não tenho certeza, obrigada Robin, eu vou sentir muita sua falta- falei e fiquei em silêncio — Pera, não desliga, eu queria te falar um negócio

— O que?

— Me desculpa, durante longos meses eu me senti culpada pela nossa briga. Você s tava tentando me proteger, e eu sou grata por isso, Eu te amo Robin

— Eu também, te prometo que vou cuidar de você pelo resto da sua vida, e dessa vez, não vou quebrar a minha promessa, saiba que eu sempre estarei ao seu lado, sempre! Tchau maninha - ele disse

- tchau - falei e desliguei o telefone, com certeza o telefonema mais difícil de desligar

O telefone preto 2 - A Volta do pesado Onde histórias criam vida. Descubra agora