⚪️❄️Revelação❄️⚪️

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Enquanto caminhávamos sentia algo de ruim nessa história. Parecia que o mestre nos daria uma missão impossível. Sentia um medo horrendo dele descobrir sobre Sayuri e nossa relação com ela.

Alguma coisa daria de muito errado. Engoli em seco e comecei a roer minha unha que sempre crescia ao antes, não importa o quanto eu corte ou roa.

- Akaza, você está nervoso, o que houve? - Me sussurra Kokushibo.

Kokushibo melhorou muito sua relação com a gente, ele parou de ser tão reservado, ainda era, mas bem menos do que antes. Ele parecia pegar o papel de Sayuri quando estávamos longe dela. Eu o via como um "pai", ele cuidava da saúde da nossa "família" e tentava manter todos unidos pela Ito.

- Não sinto algo de bom dessa reunião. Vamos ou ter mais peso nas costas ou ele vai descobrir sobre Sayuri.

Douma nos olha.

- Vamos torcer que aumente o trabalho. Prefeito virar uma mula de carga que ele descobrir sobre Sayuri antes do tempo. - Diz Douma sorrindo.

- Eu também. - Diz Kokushibo. - Só temos que controlar a mente.

Faço que sim. As vezes eu conto até mil e retrocedo, mestre já me perguntou o motivo e eu disse que me acalma, outras vezes eu penso sobre peças teatrais e sobre minhas missões, o mestre também já reclamou sobre isso. Douma canta músicas, mestre já reclamou, mas ele disse que não tinha controle. Enquanto isso Kokushibo se limitava a só notar o exterior, mestre comentou que ele melhorou sua observação e disse que isso era bom.

Daki pensava no trabalho, mestre já reclamou sobre isso também, disse que não queria saber como era a pegada de tal pessoa. Gyutaro pensava sobre o clima e até mesmo sobre seu trabalho de agiota, mestre reclamou novamente falando que não importa. Gyokko pensa em sua obras mais que nunca, o que mestre também já reclamou. Hantengu conversa com os clones sobre a reunião o que irrita o mestre. Nakime pensa sobre seus bordados e sobre instrumentos, ele estranha.

Ele tem ficado desconfiado e muitas vezes toca no nome de Sayuri para ver se pensamos algo fora do normal. Até agora temos nos comportado bem.

Quando chegamos na casa ele lia um livro com sua aparência infantil. Ele já apareceu como homem, como mulher e agora criança. Um dia ele ia aparecer como uma criança mulher.

- Talvez. - Rosna o mestre. - Mas isso não cabe a você, Akaza.

Me curvo. Sentia um medo correr por meu corpo. Eu fui insolente.

- Perdão a indiscrição, mestre.

- Tudo bem, Akaza, você já me fez coisas piores que isso.

Ele se vira para nós. Seus olhos passam por cada lua e sinto que avaliava nossa expressão. Quando acha que está bom se vira novamente para a estante de livros.

Ele pega um livro e o abre, mostrando uma flor azul que me parecia com outra vermelha.

- Quero essa flor

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- Quero essa flor. - Diz o mestre.

Lindas, mas o motivo seria por qual? Tento me lembrar de ter visto essa flor em algum lugar.

Não me lembro, de verdade. Busco mais na minha memória. Devia já ter visto essa flor.

- O nome dessa flor é flor-aranha-azul. Quero ela, a todo custo.

Minha curiosidade aumenta, o que fazia essa flor tão especial? Duvido que seja para alguma dama.

Dama...

1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11...

- Chega desses números, Akaza! O motivo é que essa flor pode possibilitar nosso andar no sol.

Então o mais coerente é que essa flor só nasça no sol. Como vamos achar-la e pega-la se nem podemos andar no sol?

- Se virem! Ela nasce em montanhas. Só quero essa flor, para ontem!

Sinto sangue cair de minha boca.

- Não falhem...!

Sinto meu corpo tremer.

- E Ito Sayuri? Alguma notícia.

Penso no ambiente em que vim de missão.

- O QUE QUERO SABER DA MAQUIAGEM QUE ELA FEZ?! VOCÊS ESTÃO ESCONDENDO ALGO DE MIM SOBRE ESSA GAROTA HUMANA!

Sinto mais sangue escorrer de minha boca. Meu corpo treme.

- Poxa, mestre! Não sabemos nada dela! - Diz Douma.

Ele é um ótimo mentiroso, até me fez acreditar.

- Você sabe de algo, Akaza? O que tem haver o Douma e Sayuri Ito?

Sinto meu corpo tremer. Começo a contar.

- Akaza! Me obedeça! Me diga o que o Douma e Sayuri tem haver.

- Ele tentou matar-lá recentemente, não queria falar para não trazer discórdia.

Douma sorri culpado e Daki o olha com raiva.

- Ela é uma Marechi. - Se defende Douma.

- E minha maquiadora. - Diz ela. - Mestre...!

- Calem a boca. - Diz ele irritado. - Liberados.

Nós levamos para longe dali. Quando tudo estava seguro me apoio na árvore e começo a respirar com rapidez.

Eu vi a morte diante de meus olhos e a ignorei. Menti para o mestre e ainda quase entreguei Douma e Sayuri. Começo a chorar em desespero.

- Calma, Akaza, deu tudo certo, ela está segura. - Diz Kokushibo.

- Mas foi por um fio, hein?! Pensou rápido. - Ri Douma.

- Pensei, vocês mereciam Oscar. - Digo me sentando fraco.

Daki ri.

- Eu me sentiria ofendida mesmo.

- Eu só fui o ex eu. - Diz Douma. - Ainda sei fingir personalidade, isso ajuda.

Kokushibo me ajudou a ficar em pé. Ele me abraça e eu sorri com nossa intimidade.

- Entregar o que? - Diz o mestre.

Sinto um medo gélido atravessar meu corpo.

Me curvo como todos.

- O que teria para entregar? Acham que sou burro? Segui vocês. O que me escondem?!

Tremo descontroladamente e começo a chorar.

- Se contarmos promete não machucar-lá?! - Exclamo em desespero.

- O que está ocorrendo?! - Diz o mestre.

Kokushibo sorri para mim e Douma nos relaxando.

Ele fecha os olhos, imagino que ele esteja mostrando tudo.

- O que?! Querem ficar noivos dela?! - Exclama o mestre ficando desnorteado.

Douma fecha os olhos e faz o mesmo que Kokushibo. Sinto a felicidade dele daqui, ele sempre quis contar ao mestre.

Depois deles fiz o mesmo. Vi Sayuri naquela cidade, vi ela no início tendo empatia por mim, dela sendo carinhosa... até aqui. Senti meu coração se encher de alegria. Quando abro os olhos sorria para o mestre que nem bobo.

Ele se segura na árvore.

- Apaixonados por uma humana...! - Sussurra o mestre.

Ri.

- Difícil de crer, não? - Digo sorrindo.

Kokushibo sorri para o mestre e suspira.

- O que quer que façamos quanto a isso? Agora sabe o segredo. Era verdade que a Daki tem ela como maquiadora. Mas seu pódio a ama, o que tem a dizer sobre isso? Como devemos agir? - Diz Kokushibo.

Pódio com o mesmo amorWhere stories live. Discover now