16- O Inverno Chegou

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A notícia da morte de príncipe Baelor chegou à Winterfell enquanto Saera costurava com sua septã, quando leu o pedaço de papel com a letra de sua irmã, Daenerys, dizendo as seguintes palavras, " Enfrentamos os verdes na Goela, Baelor se foi ", ela sentiu como se as agulhas que usava para costurar seu crochê eram enfiadas em seu corpo dolorosamente, e a vontade de chorar a consumiu. Não houvesse quem consolasse a princesa, se trancou em seu quarto e ficou lá até o dia seguinte, apenas saiu para voar em seu dragão, que era a coisa que mais costumava fazer enquanto estava em Winterfell, ao contrário de Nymeria, Vermax e Meraxes, Balerion se ajustou bem ao frio.

Mas ao contrário do que imaginavam de si, Saera Velaryon lutaria naquela guerra e honraria sua família. Ela lutaria com fogo e sangue para vingar a morte de seu irmão e garantir o trono de sua tia.

Criston Cole viu o exército nortenho de longe, se lembrara do que ouvira dias antes, uma lenda esquisita, quase um mito, de que os lobos do inverno cuspiam fogo, aquilo não fazia sentido.

— Os lobos do inverno. — tremendo de medo, murmurou um dos homens de Cole.

— Ouvi dizer que eles cospem fogo. — disse outro homem.

— Lobos não cospem fogo. Dragões cospem. — murmurou Criston Cole, encarando o exército se aproximar no longe de seus olhos.

Ficaram em silêncio, puderam ouvir brados altos vir de cima do céu, acima das mais altas das nuvens. Entre as nuvens brancas foi possível ter a visão de asas negras voando acima do exército. E então um escudeiro se atreveu a perguntar: — Quem são eles?

— Nossa morte. — respondeu sor Criston Cole.

Os lobos do inverno estavam descansados, bem nutridos, e com um dragão entre eles. Era uma morte eminente para Cole. Criston exibiu uma bandeira de paz.

— Se eu baixar meus estandartes, vocês prometem poupar nossas vidas? — perguntou Cole.

— Fiz minha promessa aos mortos. — respondeu sor Garibald. — Falei para eles que construiria um septo com ossos de traidores. Ainda faltam muitos ossos, então...

— Se houver batalha aqui... - respondeu sor Criston. — Muitos dos seus também vão morrer.

O nortenho Roderick Dustin riu diante dessas palavras, dizendo:

— É por isso que nós viemos. O inverno chegou. É nossa hora de ir. Não tem morte melhor do que com a espada na mão.

Sor Criston tirou sua espada longa da bainha.

— Como queiram. Podemos começar aqui, nós quatro. Eu sozinho contra vocês três. Acham que basta para uma luta?

Ouviram os brados de asas de dragão se aproximar cada vez mais, as asas negras ficarem cada vez mais visíveis.

Mas Folhalonga, Matador de Leões, respondeu:

— Quero mais três. — E, do alto do elevado, Ruivo Robb Rivers e dois de seus arqueiros ergueram seus arcos longos. Três flechas voaram sobre o campo, atingindo Cole na barriga, no pescoço e no peito. — Não quero nenhuma canção sobre sua bravura ao morrer, Fazedor de Reis. — declarou Folhalonga. — Dezenas de milhares morreram por sua causa. —
Ele estava falando com um cadáver.

Foi Balerion quem realmente aterrorizou os homens de Cole. Reza a lenda, que um raio negro desceu dos céus naquele dia trazendo consigo fogo e desespero, ninguém soube como morrera, mas queimaram até sua carne derreter nos ossos.

— VIEMOS MORRER PELA RAINHA DRAGÃO! — gritou Saera erguendo o estandarte dos negros acima de seu dragão depois da carnificina, os Lobos do Inverno a seguiram no urro.

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