Meu Gatinho Manhoso | Minsung

04. Um grande amor dividido por três

CAPÍTULO BÔNUS  – PARTE 2

UM GRANDE AMOR DIVIDIDO POR TRÊS

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E o momento para a difícil conversa tinha chegado. Após um dia inteiro pensando sobre como abordá-lo, lá estavam eles, sentados no tapete da sala e rodeados de algumas frutas picadas que estavam comendo, enquanto montavam lego.

─ Amor, escuta o Min agora, tá bom?

Minho estava de frente para o híbrido segurando firmemente em suas mãos e encarando-o de pertinho. As orelhinhas felpudas estavam atentas e em pé, buscando captar todas as informações, e os olhos piscavam lentamente em sua direção.

─ Dentro da sua barriguinha... tem... um... – engoliu a seco e respirou fundo. ─ Tem um bebê – pausou e reparou bem nas nuances de comportamento de Jisung ─ Bom, um filhote, não sei como chamar direito, mas

Droga! Estava tão nervoso que não se sentia apto nem ao menos para respirar. Queria explicar melhor, mas as palavras fugiam da sua mente, mas o silêncio, nossa, parecia deixar tudo ainda mais difícil.

─ Tem um bebê dentro de mim?! – Minho se assustou com a pergunta cheia de surpresa e medrosa do híbrido. Ele estava assustado com a descoberta e bem confuso. ─ Eu comi ele, Min?!

As duas mãos se soltaram das outras e foram direto para a própria barriga, tocando-a e apertando-a de leve, e o olhar arregalado foi para o mesmo lugar. Minho ficou alguns segundos tentando processar a cena e o que estava acontecendo, até que se deu conta e tentou não rir daquele momento fofo e hilário, por mais que o drama à sua frente fosse impagável.

─ N-Não, Ji, caramba, não, é que... E-Eu... Eu não sei fazer isso. – Minho passou a mão pelo rosto e respirou fundo. ─ Caramba, é mais difícil do que eu imaginei. – praguejou baixinho. ─ Não é isso, amor. É que quando a gente se beija e acaba fazendo outras coisas-

─ Foder. – o gato disse por cima.

─ Caramba! Jisung, não fala essas coisas assim.

Poderia ser um grande hipócrita. O gato só repetia o que ele mesmo falava direto.

─ Mas o Min semp-

─ Sung, só me escuta, por favor.

Minho precisava muito parar de ter medo de conversar com Jisung, estava sempre recuando e medindo palavras, quando na hora de transar falava tudo e um pouco mais. O híbrido precisava que ele fosse mais firme e direito, só que também tinha aquela tal da coisa... Sentia que estava tirando toda a inocência do gatinho ─ mais do que já tinha tirado, convenhamos.

─ O Sung tá grávido e vai ser papai, é isso! – se atrapalhou de novo, mas falou o que precisava no momento, só que o híbrido permanecia com cara de quem não estava entendo muito bem. ─ Bom, a gente acabou fazendo um bebê juntos.  – cogitar a ajuda do Changbin a essa hora não parecia tão absurdo. Deveria ligar para ele? ─ O Min também é papai do filhotinho que está aí dentro.

─ Como o Min-ah colocou ele aqui? O Minho abriu a minha barriga?!

Talvez ele precisasse abrir um tutorial na Internet, ou até mesmo por um vídeo didático explicando o processo. Ele entenderia. O moreno ia ter a grande missão de abrir a cabeça do gato para algo novo de verdade.

O mais velho segurou o híbrido pela cintura e, em um pedido mudo que o outro entendia muito bem, o chamou para se sentar em seu colo. Ficaram abraçados um de frente para o outro, Minho com os braços em torno da cintura do gato e Jisung com os braços agarrados ao pescoço do moreno, e as pernas roliças do gato também seguraram-se na cintura fina. Os dentinhos pontiagudos ficaram bem visíveis quando o sorriso grande apareceu na face do de cabelos claros, porque ele amava ficar nessa posição e juntinho ao Lee.