𝗦𝗧𝗥𝗘𝗘𝗧 𝗥𝗔𝗖𝗘𝗥 ！louis partridge

𝖙𝖜𝖊𝖓𝖙𝖞 𝖊𝖎𝖌𝖍𝖙

(𝖲/𝖭) 𝖲𝖠𝖫𝖵𝖠𝖳𝖮𝖱𝖤
miami

— Até que você não foi tão mal. — Louis tentou me animar. 

Estávamos voltando pra casa e seria uma longa viagem. 

— Eu fui péssima. — disse emburrada. 

Eu quase bati com o carro dele cinco vezes, e ele continuava me incentivando. 

— Eu vou te dar mais aulas e você vai ficar melhor, hoje foi só seu primeiro dia. Mas acho que da próxima vez vou pedir o carro de Drew. — ele disse engraçado. 

Reparei nos movimentos sutis que ele fazia para dirigir, era como se ele fosse parte do carro. Assistir Louis dirigindo era um dos meus passatempos favoritos, ele sempre ficava tranquilo e concentrado enquanto dirigia, e isso me encantava. 

— Eu não sei se quero. Talvez eu aceite que você seja meu motorista particular. 

— Não mesmo! A senhorita vai aprender a dirigir sim. Você tem o melhor professor do país pra te ensinar. — ele disse convencido me fazendo bufar. — Ei, vou te levar em um lugar. — ele disse entrando na subida de uma montanha. 

Coloquei em rádio qualquer, e a voz de Harry invadiu o carro. Louis adorava Harry Styles. 

Demorou alguns minutos até subirmos toda a montanha. 

Ele estacionou de frente para a vista do mirante de Miami, não demorei pra lembrar que era aqui que eram feitas as corridas do ciclo. 

O céu estava alaranjado, como num típico fim de tarde. Ao longe conseguimos ver o sol se pondo e se escondendo atrás do mar, que refletia toda a beleza. 

Saímos do carro e ele me ajudou a sentar no capô, sentando do meu lado, enquanto o som tocava baixinho dentro do carro. 

— Louie, isso é lindo! Dá pra ver toda Miami daqui. — disse deslumbrada. Eu sabia que Miami era linda, mas a vista de cima era muito mais. 

— Eu costumava vir aqui mais vezes. É um bom lugar para pensar. — ele disse tranquilo, olhando o horizonte. 

O sol iluminava seu rosto, deixando seus olhos ainda mais claros, seu cabelo castanho e bagunçado balançava por causa do vento, e seus lábios rosados o deixavam ainda mais lindo. Voltei meu olhar pra frente, antes que  começasse a babar. 

Continuamos em silêncio apreciando a vista. Era tão relaxante e estar na presença de Louis tornava tudo ainda melhor. 

— Eu amo essa música. — Sussurrei baixinho quando Falling For You do The 1975 começou a tocar. Essa era definitivamente nossa banda. 

— (S/a). — ele chamou minha atenção pra ele. — Dança comigo? — perguntou estendendo a mão. 

Deixei um sorriso escapar sem nem perceber, e peguei sua mão. Ele me ajudou a descer do capô, e nos afastamos um pouquinho do carro. 

Passei minha mão por seu pescoço, ele agarrou minha cintura e deixamos a música nos levar. Nossos passos não eram certinhos, mas estava perfeito pra mim. 

Encarei seus olhos castanhos. O castanho mais intenso que já tinha visto na vida. 

— (S/a)... — sussurrou com a testa colada na minha, me fazendo fechar os olhos com seu tom rouco baixinho. 

Ele acabou não dizendo nada. Levou a mão até uma mecha do meu cabelo, e deslizou a ponta dos dedos pelo meu rosto. Quando abri os olhos, ele estava a alguns centímetros de distância, e ia se aproximando cada vez mais. 

Ele iria me beijar. Louis Partridge iria me beijar. Meu coração estava acelerado. Não tinha nada para interromper. Eu estava começando a surtar. 

Fechei os olhos sentindo aos poucos sua respiração junto com a minha, nossos narizes se encostaram num toque delicado, e então sua boca finalmente se chocou contra a minha. 

Eu não sabia explicar o que eu estava sentindo, dentro de mim parecia que estava rolando o clipe de Firework da Katy Perry. Eu não conseguia nem pensar, parecia que meu cérebro tinha derretido. 

Sua boca se encaixou tão perfeitamente na minha. Seus lábios prenderam o meu lábio inferior o puxando delicadamente, de um jeito tão gostoso que quase gemi. 

E foi tudo em câmera lenta. O beijo não foi mais do que um roçar de lábios de uns 5 segundos, mas parecia que tinha sido uma vida inteira. 

Quando ele se afastou, eu ainda estava de olhos fechados. 

Fui abrindo lentamente e dei de cara com os olhos castanhos mais intensos, intimidadores e brilhantes de todo o mundo. Do meu mundo. 

Ele estava sem expressão, como se estivesse esperando a minha reação, mas que reação eu tinha? Nenhuma! Eu não sabia o que fazer! O que eu tinha que falar? Eu deveria puxar ele pra outro beijo? Eu queria muito beijar ele de novo. (S/n), faça alguma coisa! 

— Ahn... — ele pigarreou sem graça, se afastando de mim, como se tivesse feito alguma coisa errada. Não! — Tudo bem. — ele disse cabisbaixo. — É melhor nós irmos. — ele disse entrando no carro. 

Deus, volte aqui! Como eu sou idiota! Eu demorei demais para ter uma reação, ele deve ter entendido tudo errado! Eu não consigo me mover! Eu preciso falar o que eu sinto, seja lá o que for, pra esse garoto, eu não posso deixar ele pensar que eu não gostei. 

Louis arrancou com o carro assim que eu sentei no banco do carona. Ele tinha ligado o som num volume alto, o que claramente queria dizer que ele não queria conversar.

Ele estava chateado. Eu sentia isso. Decidi não falar nada agora, quando a gente chegasse eu falaria, mas agora eu estava perdida no momento em que ele me beijou.