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Sebastian Barbieri

Meu coração parou quando vejo Kate colocar a mão no seu peito de onde o sangue escorria. A mesma me olha assustada e depois para o nosso filho, que logo percebeu o que aconteceu e gritou mamma. Ela tenta fala algo mas não consegue.

Um zumbido infernal toma conta dos meus ouvidos como também tudo em meu redor fica em câmera lenta, que lentamente vejo seu corpo ficando mole, no mesmo instante a pego em meus braços. Não vejo mais nada ao meu redor, apenas ela.

Não....não....por favor...não

Eu lentamente nos coloco no chão com meu sol no meus braços. Estou com nó na garganta, meus olhos ficam um pouco embaçados por conta das lágrimas que querem sair, e não faço questão de segurá-las, com minha mão trêmula vou até no local do tiro tentando no máximo impedi do sangue sair ainda mais, meu olhar vai para seu rosto pálido, Kate está tentando no máximo manter seus olhos abertos e não se render a escuridão.

- K-Kate...meu amor... - digo chorando a olhando, lentamente sua mão pálida e agora em contato com meu rosto está muito fria, uma lágrimas solitária desliza de seu rosto. Ela se força para falar algo.

- V-vai ficar tudo bem... - murmura com se fosse uma despedida.

- Não...não por favor, meu sol... - desesperado tento não deixar o sangue sair do local do tiro.

- Bas... - a mesma murmura tentando me consolar.

- Não você, não! - digo chorando tentando máximo salvá-la...
Lembro da mesma dor que estou sentindo agora, é a mesma quando eu perdi minha mãe...a pessoa que mais amava.

Essa dor parece dez vezes pior que sentir.

- Bas...

Então eu a olho, sua respiração está ficando cada vez mais calma.

- Não vai... - suplico, mesmo sabendo que não está em seu poder. - por favor meu amor.... - encosto minha testa na sua. - por favor, não nos deixem, não me deixe... - minha voz sai embargada.

- Eu te amo Bas... - e foi a última coisa que meu sol falou antes de seus olhos se fecharem completamente.

- Não! - grito com a dor me consumindo.

Escuto o choro de Pietro, Giovanni e Bruno. Escuto também muitos passos talvez sejam dos meus homens, mas isso não me importa mais...

Aperto forte ela em meus braços e nino seu pequeno corpo ao meu.

- A m-mamma m-morreu papá... - diz meu filho chorando se aproximando de nós.

Olho para o nosso filho e depois olho para Kate. Eu não posso perdê-la e nem nosso filho pode a perdê-la.

- Não vou deixar ela morrer - digo com minhas forças que me restaram, me levanto com ela nos meus braços. - Não vou! - digo a olhando. - Bruno, vem comigo e Pietro também! ‐ ordeno.
- E Giovanni queime tudo, deixe o Emico e Ângela para me mais tarde! - digo com minha voz de puro ódio passando pelos mesmos que estão presos e seus capangas também pelos os homens que trabalham comigo.

Bruno pega qualquer carro. Entro me sento atrás com Kate no meus braços e nosso filho com Bruno na frente.

- Nem pense em me deixar Katherine Beauffort - ordeno. - vou lutar por você meu sol... - beijo seus lábios.
...

Chegamos no hospital mais próximo. Bruno com meu filho sai gritando avisando os médicos que vieram rápido com a maca e equipamentos, saio do carro com ela em meus braços e coloco na maca e rapidamente os médicos me afastam e a conduzem para dentro do hospital, logo atrás vai eu, meu filho e Bruno.

Uma Advogada para um Mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora