18. Abrigo na tempestade.

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Boa leitura! 💗

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JUNGKOOK

— Quem te deu permissão para se demitir?

Taehyung ficou imóvel, seu rosto estava coberto de surpresa. Eu furioso em sua casa, e ele, instintivamente, deu um passo para trás. A apreensão em seu olhar era algo que eu não via com frequência, a astúcia e arrogância dele não eram encontradas em qualquer lugar.

— Jungkook — murmurou com seu tom de voz levemente rouco e suave.

Eu parei e o encarei por um segundo, foi o suficiente para perceber o quanto ele parecia diferente. Uma febre após uma noite com alguém podia ser algo normal, mas ele claramente estava escondendo algo de mim.

— Eu perguntei quem te deu permissão para se demitir.

Mesmo que sua expressão assustada me incomodasse, eu não conseguia conter minha fúria. E me sentia culpado.

Mais cedo, quando cheguei para casa, meu pai me chamou ao escritório e me perguntou sobre Taehyung. Quis saber se eu tinha feito algo para que ele decidisse largar o emprego de repente. Eu não esperei nem um segundo antes de sair dirigindo como um louco até a casa dele. Meu sangue fervia e meu coração batia como uma bomba-relógio prestes a explodir, e Taehyung era o meu gatilho.

— Não ouse encostar no meu irmão!

Eu estava a um passo de me aproximar quando um garoto mais baixo e franzino surgiu na minha frente. Ignorei a tentativa dele de me bloquear e voltei a encarar Taehyung.

— O que Yoongi disse a você?

— Taewon, sobe — Taehyung desviou o olhar e gesticulou para que o irmão subisse.

— Quem é esse cara? Ele invadiu nossa casa e está ameaçando você! — o garoto protestou irritado.

— Não é nada com que você precise se preocupar. Faça o que estou pedindo, por favor.

— Mas, irmão...

— Por favor — insistiu Taehyung, mais firme.

Taewon olhou de mim para ele algumas vezes antes de ceder e subir as escadas. Assim que ouvimos o barulho da porta se fechando no segundo andar, Taehyung passou por mim, esbarrando no meu ombro.

— Para onde você pensa que vai? — eu segui atrás dele.

— Será que você pode ficar quieto por um segundo? — ele retrucou, sem disfarçar a irritação, e só virou para me encarar quando chegamos a varanda. — Vamos conversar aqui, não quero que meu irmão ouça.

— Agora você pode me responder?

— Pode parar de falar comigo nesse tom?

— É por causa do Yoongi, não é? Ele te convenceu a trabalhar para ele, e é por isso que você quer desistir.

Taehyung me lançou um olhar confuso. A ideia de que ele queria se demitir por causa de Yoongi me consumia e não era a primeira vez que sentia essa angústia. Eu quase perdi o controle quando os vi conversando na garagem do meu clube. O jeito como Yoongi lançava olhares sugestivos para Taehyung foi suficiente para fazer meu sangue ferver.

Ele não conhecia Yoongi como eu. Yoongi era um manipulador frio, alguém que não se importava com ninguém além de si mesmo. Não era o amigo confiável que Taehyung pensava que fosse. Eu estava disposto a aceitar qualquer coisa que Taehyung quisesse, contanto que ele ficasse longe daquele cara.

— O que isso tem a ver com Yoongi? — ele franziu o cenho e seus olhos brilharam com uma mistura de irritação e confusão. Eu evirei os olhos em descrença.

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