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ACABEI de fazer o café da manhã, fiz algumas torradinhas e uma torta de morango, acho que isso é o suficiente. Meu pai parece ter acordado, escutei o barulho da porta do banheiro ser aberta.

Eu coloquei a garrafa de café em cima da mesa e logo depois me sentei enquanto esperava por Marlon, meu pai. Eu não tava muito afim de ir trabalhar hoje, então vou pedir um dia de folga para o meu pai, espero que ele entenda.

Eu estava bem cansada, já estava quase dormindo na mesa, até escutar a cadeira em minha frente sendo arrastada. Eu levantei minha cabeça e vi o senhor Marlon ali.

Ah.. pai. Chamei a atenção dele enquanto observava ele pegar a xícara para servir o café.

Rapidamente me levantei e peguei a garrafa antes dele. Abri a garrafa e despejei o café dentro da xícara dele. Ele me olhou em uma expressão neutra e ficou em silêncio.

— Eu não estou me sentindo muito bem hoje.. será que o senhor permite que eu fiquei em casa hoje?.. eu já falei com a Débora e ela disse que não tinha problema de ficar no meu lugar hoje.. Me sentei novamente esperando uma resposta.

... Não vejo problema nenhum. Ele responde depois de um longo tempo em silêncio.

Eu sorri e acenei com a cabeça em sinal de agradecimento, ele logo depois se levantou e foi em direção a saída sem dizer nada.
Mas antes de sair ele parou e olhou em minha direção.

Só toma cuidado pra não se machucar quando for treinar com o Lucky. Ele diz antes de sair.

Eu fiquei surpresa, quando foi que ele descobriu que eu estava treinando com o Lucky? Será que alguém contou pra ele? Oh não! Será que.. ele está zangado?...
Eu suspirei e sussurrei um palavrão antes de afundar minha cara nas mãos.

Agora eu estava saindo de casa, está um dia quente e bem bonito. Eu acabei de fechar o portão e fui surpreendida por Lucky que estava me esperando em frente a minha casa. Eu fiquei em silêncio e fiz uma careta de surpresa ao ver que ele estava com um sorriso enorme no rosto.

— Bom dia, minha princesa. Ele me cumprimentou.

— Bom dia. Respondi em um tom gentil e não pude deixar de notar um pequeno sorriso se formar em meus lábios.

— Foi mal por não ter aparecido ontem, eu tive alguns problemas com minha vó e não pude nem te avisar antes. Ele diz em um tom baixo.

— Hm? Não estava te esperando, quando cheguei e vi que você não estava lá, eu já fui embora correndo! Menti em uma expressão convencida. Não se preocupa, oque importa é a saúde da sua vó. Mas e aí? Ela está bem?

Ele sorriu e veio até mim me surpreendendo com um abraço.

Obrigada, você é a melhor pessoa do mundo. Ele diz em um tom gentil.

Eu sorri e suspirei antes de retribuir o abraço dele.

Tanto faz, agora vamos logo. Que tal uma aventura? Disse antes de me afastar lentamente dele.

Ele pensou por alguns segundos antes de sorrir e acenar que sim com a cabeça. Eu peguei em sua mão antes de o puxar comigo até a "passagem secreta" que nos leva até o lado de dentro da base da marinha.

— Tem certeza? Isso não é perigoso? E se alguém ver a gente? Ele pergunta com medo.

— Relaxa, eu já entrei aqui muitas vezes, é tranquilo. – Falei confiante.

Ele não pareceu querer entrar, mas logo depois acabou cedendo e entrou comigo.
Agora já estávamos do lado de dentro da base, era bem assustador, mas eu adoro a adrenalina.

Lucky não soltou minha mão em nenhum momento, já havia até esquecido que estávamos de mãos dadas. Ele estava morrendo de medo, enquanto eu andava tranquilamente, mesmo sabendo que poderia morrer se alguém nos visse, bom.. essa parte me dava um pouco de medo, então prefiro não pensar nisso.

Entrei em um lugar estranho e escuro, senti o aperto forte que o Lucky deu em minha mão, acho que ele tem medo de escuro. Soltei uma pequena risada, mas logo fiquei em silêncio ao ouvir um barulho de passos vindo.

Droga.. o que a gente faz agora? – Lucky perguntou assustado.

— Xiiiiu! – Disse antes de o puxar pra trás de um móvel.

Ouvimos os passos se aproximando cada vez mais, até finalmente estar dentro da sala.

Ouviu isso? É possível ouvir a voz de um homem.

— Isso o que? – A voz de uma mulher ecoa pelo local.

— Não sei.. parece que ouvi algumas vozes estranhas. O moço responde.

— Não deve ser nada. – A mulher diz. — Vem logo.

Ouço as vozes sumindo aos poucos, até ficar tudo em silêncio novamente.

Nessa hora percebo a respiração quente do Lucky em meu pescoço. Viro meu rosto lentamente e acabo percebendo que estamos em uma posição bem... apertada.

Sinto meu coração acelerar ao ver o quão perto nossos rostos estão, se eu ou ele nos aproximarmos um pouco mais, nossos lábios irão se encontrar.

Percebi os olhos do garoto fixos em meus lábios, minha garganta começou a secar e meu rosto corar. Analisei cada mínimo detalhe do seu rosto, seus olhos desviavam dos meus olhos até minha boca. Ele começou a se aproximar ainda mais, porém meus instintos acabam estragando tudo.

Me levantei bruscamente enquanto olhava para o lado oposto de onde o garoto se encontrava sentado sem entender nada. Ele limpou a garganta e se levantou também.

— Vamos lá, acho que já deu de aventuras por hoje. Falei enquanto ia em direção a saída.

Ele não diz nada, apenas sinto ele me seguindo. Abri a porta com cuidado e espiei pra ver se não tinha ninguém por perto. Olhei pra trás e acenei com a cabeça para Lucky que fez um sinal de "Okay" com a mão.

Saímos de lá e começamos a andar pelo corredor com cuidado pra ter certeza de que não teria ninguém por perto. Até escutar um barulho e logo depois olhar para trás e ver que Lucky já não estava mais lá.

— Lucky? Chamei o mesmo em um sussurro um pouco confusa.

Voltei a andar devagar pelos corredores tentando encontrar o garoto, até ver uma porta estranha. Me aproximei do local e vi que tinha outra porta e uma escada logo ao lado. Me aproximei lentamente e abri a porta. Estava tudo em silêncio, haviam alguns mapas nas prateleiras. Fui atrás de uma prateleira e comecei a analisar os mapas, até acabar esbarrando em alguém.

— Opa! Foi mal aí. Disse antes de voltar a analisar os mapas.

Calma aí.....

Olhei novamente pro lado e vi uma garota de cabelos ruivos, ela estava usando roupas da marinha. Arregalei os olhos e olhei pra prateleira novamente enquanto pensava no que dizer.

Ela parecia confusa também, ela estava prestes a fazer algo, até que nós duas vimos outra pessoa na prateleira do outro lado.
Nós três começamos a nos encarar enquanto eu e o garoto do outro lado nos abaixamos e levantamos em sincronia.

Quem são eles? Eu vou morrer? Aí meu Deus!!

𝗢𝗡𝗘 𝗛𝗘𝗔𝗥𝗧 - M᥆ᥒkᥱᥡ D. LᥙffᥡOnde histórias criam vida. Descubra agora