Nova vida

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Desmoronando e se desfazendo
É uma montanha-russa meio que rápida
E eu nunca soube que eu podia sentir tudo isso
E esse é o jeito que eu te amei
The Way I Loved You - Taylor Swift

Olivia Meesters
Salem, Massachussets

Suspirei ao colocar os últimos livros dentro da mala. Meus músculos reclamavam pelo esforço exacerbado das últimas horas e eu precisava urgentemente dormir.

— Você tem certeza disso? — Jade perguntou chorosa. — Eu não quero que você vá.

— Tenho. — Afirmei, fechando a última mala.

— Londres é tão longe. — Ela reclamou pela milésima vez nos últimos dias, desde que tomei a minha decisão.

— Podemos fazer chamadas de vídeo todos os dias. — Sorri, tentando confortá-la. — E você pode ir me visitar quando quiser. — Argumentei.

— Como vou viver aqui sem você?

— Com Ashton.

— Ele não é você. — Resmungou de forma teatral, me fazendo rir.

— Você vai sobreviver. — Falei indo até sua cama e sentando ao lado da garota dramática. — Preciso desse tempo.

— Eu sei. — Ela suspira. — Mas não significa que não vou sentir sua falta.

— Eu também vou. — Disse com sinceridade. Jade passou um dos braços em minha cintura, me abraçando de lado. — Vai me levar no aeroporto amanhã?

— É claro que sim, que tipo de amiga acha que eu sou?

***

Londres foi uma péssima ideia. Constatei isso no segundo em que pisei os pés no portão de desembarque e fui atingida pelo sotaque britânico do funcionário do guichê.

Havia sido leviana ao pensar que conseguiria seguir sem pensar em Elliot na sua terra natal.

Com o endereço do meu novo lar em mãos, peguei um táxi até a casa praticamente abandonada.

Já devia esperar pela sujeira lá, já que ninguém entrava lá desde que tio Nick faleceu, cinco anos atrás.

Procurei por algum mercado nas redondezas e fui atrás de algo para comer e alguns produtos de limpeza, para começar o trabalho que parecia gigantesco.

Comecei pelo quarto pequeno, trocando as roupas de cama empoeiradas e colocando as que havia levado do dormitório. Limpei os armários, guardando as roupas do meu tio nas minhas próprias malas, sem saber direito o que fazer com elas ainda.

Varri o chão e passei um produto cheiroso, o que me deixou satisfeita.

Primeiro cômodo okay, agora falta o resto.

Resmunguei um palavrão ao entrar na cozinha pequena. Parecia que um furacão inteiro havia passado por lá.

Morar sozinha talvez não fosse tão fácil quanto eu achei que seria.

Depois de mais uma hora limpando, senti meu estômago reclamar. Fiz um macarrão instantâneo e me sentei na mesa recém limpa para comer.

Minha primeira refeição na minha casa.

Sorri com o pensamento.

Mesmo castigada pelo tempo abandonada, a casa era muito bonita, e me trazia lembranças de uma época onde eu não precisava temer nada.

As férias com tio Nicholas eram sempre as melhores.

Haviam portas-retratos por toda parte com fotos minhas, de todas as fases.

Always You - O Badboy da minha vidaWhere stories live. Discover now