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27 de abril de 2022

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27 de abril de 2022.
Raphael Veiga's POV


Estou a caminho da casa da minha loirinha. Vamos jantar com Scarpa e a Sarah.

Venho pensando muito em tudo que vem acontecendo. O Palmeiras, essa proposta, Malu e eu, principalmente a Malu.

Ela tomou meus pensamentos desde o nosso primeiro beijo. Não sei dizer ao certo o que sinto, mas sei que sinto algo e que esse algo é muito intenso. Quero estar o tempo todo ao seu lado, sempre. Simplesmente adoro nosso tempo juntos, porque é de qualidade.

Adoro ficar de bobeira com ela, adoro quando eu toco violão e ela canta. Adoro também dormir com ela, e acordar e ver seu rosto lindo. Adoro seu humor quebrado, sua risada.

Eu adoro ela.

Acho que isso é bom, quer dizer, depende se ela também gosta de mim ou não. Sinceramente eu não sei se o que temos vai evoluir para algo mais concreto ou se vai durar. Se isso acontecer, uma hora ou outra vão saber da gente e, ou ela sai da SEP, ou então terminamos. Esse é meu medo, porque sei que é o sonho dela. Não quero que ela abandone isso, mas também não quero que ela me abandone.

Sei lá, é tudo tão confuso.

Paro em frente ao seu apartamento e mando uma mensagem avisando-a.

Quando ela desce, o sorriso é automático. Ela está linda, do jeitinho dela. Sem muita maquiagem ou roupas chamativas.

Ela é linda.

- E aí, princesa - lhe dou um selinho quando ela entra.

Outra coisa eram os apelidos. Eu adorava isso.

- Tudo bem, príncipe? - dou partida no carro.

- Melhor agora - sorri. - Você tá muito linda - ela acaba corando.

Já é linda naturalmente, quando fica corada então... É a coisa mais linda e fofa do mundo.

O que tá acontecendo comigo?

- Obrigada - sorri tímida.

Conversa vai, conversa vem. No rádio, sua playlist de reggaeton. Ela tem um gosto bem eclético, nunca vi igual. Na mesma playlist tem rock, funk, sertanejo, pop e louvor. Um atrás do outro.

- Sabe o que eu tava pensando? - puxo assunto.

- Ainda não sou telepata.

- Besta - ela ri de leve. - Que tal a gente viajar? Vamo pegar um dia, nem que seja uma folga, e passar o dia fora. Praia, sei lá. Você escolhe - a ideia parece agrada-la.

- Gostei. Vai pagar tudo?

- Lógico que sim - ela sorri maliciosa. - Espera um pouco, você só tá comigo por conta do dinheiro?

- Claro que não, você acha que eu seria capaz de uma coisa dessas? - cínica.

- Acho - ela me encara chocada.

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