Segredos de uma rainha

87 10 0
                                    



Capítulo 3 - Segredos de uma rainha

A ruiva pode enfim respirar sem medo, por um instante havia pensado que tinha assinado seu atestado de óbito. Enquanto caminhava com passos rápidos pelo silencioso corredor que levava ao quarto da rainha Aemma Arryn, respirou fundo se lembrando dos acontecimentos de minutos antes e da ousadia que o Targaryen havia cometido com ela.

Isleen- Como esse estúpido tem a ousadia de tocar em mim sem o meu consentimento? Céus, se fossemos pegos em uma situação como aquela a minha fama de donzela estaria manchada -comentou baixinho para si mesma- não sou mais uma prostitutas com quem ele de deita nos bordéis medíocres que frequenta na rua da seda, muito menos a vaca de ouro com quem ele tem o desprazer de se deitar na cama e cumprir com o seu dever de marido. Brocha maldito, nem ao menos fez um bom trabalho na cama de sua esposa, afinal, ele nunca lhe dera um filho! 

O seu bom humor matinal havia esvaído por completo de seu corpo, lhe restando apenas sua ira genuína e um linguajar de baixo calão. Continuou o seu caminho tranquilamente e com a certeza de que hoje não seria o dia que o estranho viria pegar sua vida. Em uma tentativa de acalmar os ânimos, aproximou os lírios até o seu nariz em uma tentativa de esquecer o cheiro inebriante que o príncipe rebelde possuía, sentiu o cheiro daquelas flores recém colhidas tomar conta de seu olfato e fazer com que ela se esquecesse brevemente aquele efeito peculiar que ele havia causado em seu corpo.

Frequentemente as interações entre a Lady Hightower e o príncipe rebelde eram recheadas de sarcasmo e provocação entre ambos, criando uma tensão quase palpável entre eles. No entanto, ela não podia negar que sua habilidade de provocar o Targaryen era uma das poucas formas de entretenimento em sua vida monótona na corte.

Seus dias normalmente eram cheios de monotonia e mesmice, pois sua rotina era rígida no quesito de estudos sobre a fé dos sete com a septã Tyanna, uma mulher fervorosa que entregou sua vida aos sete, entregando sua alma para o deus de sete faces, já seu corpo mundano, ela serviu a casa da Torralta por duas gerações cuidando deles como tutora. Nos tempos atuais, ela era governanta e tutora das filhas do mão do rei.

O rigor da septã apenas aumentou, após a filha mais nova de Otto Hightower ter sido selecionada para se tornar uma das damas de companhia de Aemma Targaryen. Ela havia passado por aulas mais rigorosas sobre etiqueta, boas maneiras, música, dança, costura, línguas estrangeiras, religião e história.

Pois era desejo de seu pai que fosse uma das melhores, melhor dizendo, a melhor dama de companhia. Não bastava ela ser boa com a arte da dança, ou então, qualquer outro talento.

 Seus passos eram pesados e apressados, como os de um soldado em um campo de batalha, a dama de companhia estava com tanta ansiedade e alegria para se juntar ao lado da rainha, que não lhe poupou esforços para chegar aos seus aposentos. Seus cabelos que antes estavam bem arrumados e alinhados, já não estavam mais em um estado tão bom quanto antes.

Enquanto corria pelos corredores do castelo em direção aos aposentos da rainha, Isleen ponderou sobre seu futuro. Ela estava determinada a não se tornar apenas mais um peão nas ambições de seu pai. Queria a liberdade de escolher seu próprio destino, de viajar e explorar o mundo, em vez de se submeter a um casamento arranjado.

Fios rubros caiam diante de seu rosto e o frizz era evidente em seus cabelos ondulados, o acessório de pérolas brancas que prendiam seus cabelos estava torto e seu rosto estava corado.

No entanto, Isleen também entendia a realidade em que vivia. Seu pai, o ambicioso Otto Hightower, buscava constantemente mais poder e influência na corte. Casar suas filhas com famílias influentes era parte de sua estratégia, e Isleen não tinha ilusões de que seu casamento seria decidido com base em seu próprio desejo.

Dynasty of DragonWhere stories live. Discover now