O vizinho do lado

20

Voltei para o meu apartamento,mas o barulho continuou. Por causa de todo aquele barulho mal consegui dormir, Adriano conseguiu fazer Gabriel baixar o som, mas fiquei sem sono e agora são 1:00 da madrugada me levantei para beber água, mas quando volto para meu quarto alguém bate na porta. Demoro um pouco até eu decidir abrir a porta. 

—Tinha que ser você, o que você quer Gabriel? —pergunto, cruzando meus braços. 

—Eu posso ficar aqui? —Diz, ele tenta ficar em pé, mas quase tropeça no próprio pé. 

—Deixa eu pensar sobre isso— Dou de ombros, pego na maçaneta da porta e estou prestes a fechá-la, mas Gabriel me impede— Já pensei e minha resposta é não. 

—Ruivinha, eu não sei onde coloquei as chaves do meu apartamento, por favor me deixa ficar aqui. 

—Vá dormir em outro lugar, você arrombou minha porta naquele dia então faça isso na sua também e me deixe em paz! 

— Por favor. 

—Você enlouqueceu. 

—Eu não tenho outro lugar pra ir, ruivinha eu prometo que não vou incomodar você, eu durmo até no chão, mas me deixa ficar. 

—Você não cumpre com suas promessas Gabriel, mas vou deixá-lo dormir aqui, mas não pense que estou fazendo isso porque gosto de você, você vai dormir no sofá. 

—Obrigado, ruivinha— agradece, ele entra e logo caminha até o sofá, pelo menos é isso que ele queria antes de cair no chão literalmente. 

—E não tente nada porque eu coloco você para fora, vou pegar um cobertor pra você e pelo amor de Deus levanta do chão. 

—Me ajuda. 

—Só o que me faltava agora é ter que cuidar de você bêbado, levanta sozinho! —digo, vou até o armário. 

— Ayla, Ayla, Ayla. 

—O que é inferno? 

—Estou com frio. 

—Me deixa dormir agora— digo impaciente, entrego o cobertor e caminho para meu quarto. 

Admito que não iria ajudar ele até porque ele me deixou irritada com aquela festa barulhenta e porque tudo que ele faz é me irritar, mas ele está bêbedo, mas também isso não é uma desculpa válida pra me deixá-lo ficar, eu nem sei mais o que eu estou fazendo.