Capítulo 5: a aposta.

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Maddison Avery
Domingo, dia 30 de agosto de 2019

Obs: vou mudar a formatação dos capítulos para que vocês possam comentar entre os trechos. Sugestão de uma leitora <3

Acordei desnorteada, abri os olhos como se fosse a última coisa que eu gostaria de fazer. O sol já tinha dado as caras e o dia estava lindo.

Me levantei e fui direto tomar um banho gelado, não lembro como vim parar na cama só me lembro dos infinitos minutos vendo Barbie com a Ginny.

Não há sinal dela pelo dormitório quando saio.

Demorei séculos no banho e sai com vontade de voltar a dormir. Mas antes que pudesse chegar no meu quarto escutei umas batidas fortes na porta do dormitório. Quem diabos era?

— JÁ VAAAAAAI — berrei para que a visita pudesse escutar. Estava só de toalha, tive nem tempo de por uma roupa descente.
Antes de poder entrar no quarto as batidas recomeçaram.

— Mas que diabos. — fui andando até a porta — Tem que ser muito sem noção pra vir incomodar essas horas da manhã.
Detalhe: eu nem sabia que horas eram.

Abri a porta num supetão. E se eu falar ninguém acredita. Era o senhor Bonitão do GTR. Só o que me faltava.
— Belo jeito de abrir a porta para alguém que você nem sabe quem é. — Rafael mal chegou e já estava me irritando profundamente.

— Oi querido, tchau querido! — tentei bater a porta na cara do imbecil mas ele conseguiu segurar e já foi entrando no MEU dormitório — Ei!!! Pode parando por ai, aqui você não entra.

— Pena que já entrei loirinha, você está atrasada. — Rafael me olhou dos pés a cabeça e no mesmo momento lembrei que estava de toalha, apenas uma toalha branca enrolada no corpo, com os pés descalços e o cabelo molhado. — Olha só, vou ficar aqui sentado esperando você se vestir para podermos ir, não gosto de chegar atrasado. — mais uma vez ele me olhou dos pés a cabeça e foi chegando mais perto, em passos lentos — E vou te dizer uma coisa loirinha — ele pôs a mão no meu cabelo — Nunca mais atenda a porta desse jeito ou vou cometer um crime e perder meu réu primário.

Eu estava vermelha e desconcertada. Ele me observava com um sorriso de canto e levei muitos segundos para me recuperar. Mas quando me recuperei e coloquei a cabeça no lugar reagi na hora.

— Olha só, pela milésima vez, você não manda em mim! E eu atendo a porta do jeito que quiser. Inclusive da próxima vez que baterem na minha porta vou atender ela pelada! — o sorriso dele morreu e ele chegou mais para frente, dei com as costas na parede.

Rafael colocou cada braço ao lado do meu corpo, apoiado na parede, na altura da minha cabeça e roçou os lábios no meu ouvido direito.

— Não me provoque loirinha, já te pedi isso não pedi? Agora quero saber quanto tempo você demora para ficar pronta pois infelizmente temos um compromisso juntos, e nesse compromisso eu não quero faltar nem me atrasar. — o olhar dele ia dos meus olhos para minha boca. Ia e voltava. Senti minha garganta seca.

— Não sei porque você está me esperando Brasil, eu já disse que não vou com você! — minha paciência chegou nos limites, empurrei ele pra trás e sai do casulo que ele tinha montado. — Agora você pode ir já, para não chegar atrasado e poder puxar o saco do meu irmão, já que é isso que você quer.

Over Road - Pela EstradaWhere stories live. Discover now