Palavras, assim como a violência
Quebram o silêncio
Chegam colidindo
Contra o meu mundinho
Dolorosas para mim
Me atravessam diretamente
Você não consegue entender?
Oh, minha garotinha
Tudo o que sempre quis
Tudo o que sempre precisei está aqui em me...
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"Por que você está sorrindo?" John Shelby perguntou assim que seu irmão, Arthur, entrou no aconchego. Ele não se conteve, o sorriso de seu irmão mais velho podia ser visto a um quilômetro de distância.
"Acabei de ajudar a mulher mais linda que já vi na vida", Arthur respondeu com orgulho, com o peito ligeiramente saliente enquanto falava.
"Ajudou de que maneira, hein?" Tommy questionou, sua única sobrancelha levantada. Ele estava lendo o jornal e mantendo-se reservado, ouvindo apenas parcialmente enquanto John falava sobre qualquer coisa, mas não podia negar que estava interessado no que Arthur tinha a dizer.
"Aposto que ele ficou ali parado e ficou boquiaberto com ela!" John entrou na conversa antes que Arthur pudesse responder, com um sorriso maroto no rosto.
"Eu não!" Arthur retrucou para seu irmão mais novo, lançando um olhar furioso em sua direção: "Eu tive uma conversa sangrenta com ela e tudo!"
"O que aconteceu?" Tommy fez outra pergunta, perdendo lentamente a paciência enquanto esperava.
"Então ela estava andando com uma caixa, certo? Uma caixa grande... uma que é grande demais para uma senhora como ela carregar. Mas ela estava andando com ela. E então eu estava observando ela do outro lado a estrada, porque ela estava indo na mesma direção que eu. Devemos ter caminhado por algum tempo, não me lembro quanto tempo. De qualquer forma, ela chega nesse trecho e tropeça... perde a porra do equilíbrio ou algo assim. Todas as coisas na caixa voaram. Então eu fiz o que qualquer homem faz e atravessei a rua correndo para ajudá-la. Colocamos toda a merda de volta na caixa e então, quando ela olhou para mim, eu pensei que ia morrer na hora. Ela era tão linda, rapazes. Tímida, doce e simplesmente... linda. Juro para vocês que se ela tivesse..."
"Continue com a história, Arthur," Tommy interrompeu na tangente de Arthur, fazendo-o sair do torpor cheio de atração em que estava rapidamente entrando.
"Sim, certo," Arthur assentiu, balançando a cabeça levemente enquanto tentava se lembrar de onde estava. "Ela estava agindo tão tímida e me agradecendo por ajudá-la a limpar as coisas que eu não pude deixar de ser, porra..."
"Arthur", disse Tommy em tom de advertência.
"Estou indo em frente", ele rejeitou o irmão antes de continuar, "Não pude evitar, mas não queria deixá-la. Então perguntei a ela para onde ela estava indo e ela disse para a escola. Isso foi fora do meu caminho, mas eu não me importei. Carreguei as coisas dela para a escola onde ela continuou me agradecendo novamente. Ela era tão linda e... merda, rapazes, acho que posso estar dentro amor", ele terminou sua história, continuando apesar das zombarias ou risadas contidas vindas de seus irmãos.
"Você disse que ela estava indo para a escola?" John fez uma pergunta quando ficou claro que Arthur havia terminado sua história.
"Sim... ela é uma professora, cara. Melhor ainda," Arthur sorriu.
