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Thiago - Pesadelo

Lili cantou porra, finalmente minha liberdade, não aguentava mais viver nesse inferno.

Po só quem já viveu ali sabe como as coisas é, viver lá e viver aqui é bem diferente, lá se tu não andar na linha tu nem vivo fica, mas se tu andar muito na linha é taxado de otario.

Encontrei meu mano Cobra e fomos direto pra favela, queria chegar como no sigilo, sem ninguém saber, primeiro eu vou na minha coroa e pá e depois vou cumprimentar meu povo.

fomos por um caminho mais escondido, que só os de confiança conhece. entramos lá e fomos direto pra casa da minha coroa.

- Se abrir o bico pra alguém falando que voltei, vai todo mundo aqui ser cobrado. - Falei com os seguranças.

- Filho? - Minha coroa apareceu toda sorridente me fazendo soltar um sorriso de canto também.

- Ae tia, isso aqui é de frango ou de carne? - Maluco entrou na casa dela que eu nem percebi.

- Bota isso lá garoto. - Ele riu entrando de novo seguido por eu minha mãe, já fui logo pra cozinha colocando meu prato, tava na larica braba.

Lorena Menezes

Eu e o Cobra nós sempre foi melhores amigos ta ligado? nós era inseparáveis, até ele entrar pra vida do crime, julguei? não. Abracei ele, dei todo meu apoio por que vi que ele tava precisando de grana po. Até ele mudar totalmente, começou a ser nojento e machista, nós teve uma briga feia por que ele teve um surto de ciúmes de um colega meu e me chamou de puta e os caralho, mandei ele ir pra puta que pariu e nós não teve mais contato nenhum. Hoje eu vejo que ele mudou, tem mais maturidade e pá, mas você veio me pedir desculpas? por que o desgraçado não.

Sei que eu também errei, mas ele que fez tempestade em copo d'água, e eu não sou obrigada a ver ninguém me chamando de puta.

Tava com a Rafaela tomando meu belo açaí ,até ver uma movimentação estranha na praça.

- O que ta acontecendo ali Rafa? - Ela me olhou e depois olhou pra lá

- Cobra me disse que Pesadelo voltou. - Ela disse e eu fiquei olhando até os meninos sai da frente e conseguir me da visão dele que logo me olhou, dei um sorrisinho e ele sorriu de canto, fiquei surpresa, pensei que ele ia me ignorar. - Vai continuar sentando pra ele?

- Se ele for me pagar quem sabe. - Dei de ombros comendo meu açaí.

- Tem certeza que isso é só pelo dinheiro? - Cemisserou os olhos e eu ri, fazendo ela ri também.

- Ele fode bem ue, mas é mais pelo dinheiro sim. - Ela deu de ombros e voltou a comer o açaí.

- Vai no pagode hoje?

- Queria, amiga. você vai?

- Vou. - Concordei.

(...)

tava me arrumando pra ir pro pagode quando ouvi meu celular vibrando, vi que era o cobra e deixei tocando, mas vocês me deixaram em paz? por que ele não. ficou me ligando até eu perder a paciência, e finalmente atender.

- O que é caralho? - Falei botando no viva voz.

- Onde tua amiga ta? - Falou provavelmente com raiva.

- E eu vou saber porra? Nasci grudada com ela não.

- Se tua amiga te ver com macho ela vai ver só.

- Vixii, corre que o corno ta puto. - Falei rindo e ele me xingou desligando na minha cara.

sinto mo falta dele, mas eu que não vou atrás, quem fez tempestade em um copo d'água foi ele, agora ele que venha pedir desculpas.

- Cheguei piranha. - Rafaela chegou sorrindo.

- E o corno, ta mais calmo? - Ela levantou a sobrancelha.

- Que corno doidona?

- Teu namorado uai, me ligou aqui desesperado, ainda ficou com raiva quando eu disse que o corno ta puto. - Ela riu.

- Brincando com a morte Lorena?

- Sempre. - Pisquei.

- Vão sair, filhas? - Minha avó apareceu na porta do quarto.

- Vamos no pagode ali de baixo vó, aconteceu alguma coisa? ta cabisbaixa. - Levantei dando beijo na cabeça dela e Rafaela fez o mesmo.

- Só tô meio cansada, minha filha. - Me deu um beijo na testa.

- Vô, ja pedi pra você parar de trabalhar tanto.

- Ela tem razão, vó. Olha como a senhora ta com o semblante cansado. - Rafaela falou, por mais que não seja de sangue, ela considera minha vó a avó dela.

- Eu preciso ajudar nos tratamentos e remédios do avô de vocês. - Ela falou e eu sentei.

- Vó eu arrumei um emprego melhor, tô conseguindo dinheiro suficiente pra bancar tudo.

- Minha filha, só não faz coisas que eu não iria querer que você faria por eu e seu avô, uma hora nós vamos embora do mesmo jeito. - Abaixei a cabeça.

- Relaxa vó, eu ajudo ela, só não se esforçar tanto ta bom? - Ela concordou dando um beijo na cabeça de nós duas e saindo.

- Não sei mais o que eu faço. - Falei.

- Relaxa amiga, vai da tudo certo.- Ela beijou minha cabeça e foi tomar banho.

- Ela beijou minha cabeça e foi tomar banho

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A Visita IntimaWhere stories live. Discover now