O amor que eu não conhecia

Você me enlouquece

Liz acabou de se banhar e vai por um robe pra ficar mais a vontade e maratonar a série que ela adora.

Ao se sentar na cama sente um cheiro gostoso vindo de longe, procura com o olhar o objeto que poderia estar exalando esse cheiro tão gostoso e acha, o bendito agasalho que ele lhe emprestou.
Ela pega o casaco e leva até às suas narinas para sentir aquele perfume.
Ao cair em consciência do que estava fazendo, pisca várias vezes e larga ele pra lá.
Desce e vai assistir os capítulos da sua série.

Por volta das sete da noite sua campainha toca e se surpreende com quem está do outro lado da porta.

Liz: Dante?

Dante: Boa noite Senhora Liz! A olha nos olhos mas consegue ver o quanto ela está linda num robe de seda longo.

Liz: Entra e fica a vontade. Vou me trocar e já volto.

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Liz: prontinho, voltei.

Dante a olha por inteiro e ama a forma que ela se veste, fica linda de camisa social.

Dante: Desculpa vim sem avisar, mas não poderia deixar o dia acabar sem te felicitar.

Liz: me felicitar?

Dante: sim!

Liz: mas hoje é dia dezenove de março e meu aniversário é dezessete de dezembro.

Dante dá um sorriso largo, ele está cansado de saber que o niver dela é esse dia.
Mas faz uma cara de paisagem como se fosse novidade...

Dante: eu andei pesquisando e descobri que hoje também é o seu dia.

Liz dá um sorriso diferente de todos os outros que ela ameaçou a dar. Ainda não mostrou todos os dentes mas está quase...

Dante está encantado com o que acabou de ver, surgiram duas covinhas na bochecha dela e ele fica imaginando quando ela der um sorriso largo vai ser o auge da perfeição.

Dante volta dos seus pensamentos: e para comemorar trouxe o cheesecake de framboesa que você ama.

Liz fica sem jeito com tamanha delicadeza e agradece.

Liz: você quer me engordar de qualquer jeito.
Obrigado mais uma vez.

Dante vai fingir de bobo: você está muito bem, mas e a Mari, onde está?

Liz: ela me disse que ia no cinema com umas amigas.
Você aceita tomar um suco?

Dante: sim, aceito.

Liz: bom, mais cedo eu e a Mari fizemos umas panquecas, você aceita?

Dante: sim, gosto de sua comida. Tô achando que está me fisgando pela boca.

Liz fica sem graça com essa cantada, fala que vai esquentar a comida pra ele, mas não dá um minuto e ela chega na sala e o vê escorado na varanda e sente uma leve brisa trazendo aquele cheiro que sentiu mais cedo.
Fica parada o olhando, mas agora de forma diferente, o olha como homem, um homem muito bonito, com costas largas, coxas grossas e panturrilhas marcadas, mas nada exagerado.

Dante se vira de uma vez e vê ela o olhando.

Liz tem sua respiração alterada mas tenta soar de forma mais natural.
Dante, o gás acabou.
Você poderia fazer o favor de trocar pra mim? Quem troca pra mim é a Mari, mas como te disse, ela não está.

Dante: claro, trocarei pra você com todo prazer.
É agora ou nunca!

Ele a acompanha até a área de serviço e pega o gás e se abaixa para fazer a troca.
Dá uma olhadinha de canto de olho e a vê escorada no armário esperando ele terminar. Sua cabeça dá um giro pensando em como queria ser útil pra ela, de poder estar disponível para quando o gás acabar, o chuveiro e a lâmpada queimarem, a torneira estragar, etc. Resumindo, ser o seu marido, não de aluguel mas definitivo.