number four, fuchsia is the strongest color.

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Era um domingo ensolarado em Shorehaven e posteriormente temido, fazia dois dias da morte da Astrid e era o último dia de folga antes das preparações para o nacional, incrivelmente seria um dia importante para minha memória como o funeral da mulhe...

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Era um domingo ensolarado em Shorehaven e posteriormente temido, fazia dois dias da morte da Astrid e era o último dia de folga antes das preparações para o nacional, incrivelmente seria um dia importante para minha memória como o funeral da mulher que me criou. Minha cabeça doía por lembrar que ela me odiaria ver assim e torcia que ela entrasse naquele quadro com um abraço quente e satisfatório.

Observei o teto do quarto como se fosse uma pintura renascentista, o teto de metal estava escuro e a janela da lateral fechada, não sabia como estava respirando com aquele cômodo completamente mofado e fechado.

Uma batida na porta ecoou o quarto, eu torcia para não ser a assistente social ou algo do tipo, não queria sair dali e então me recolhi na cama.

— Lina, sou eu. — Viktor abriu uma pequena brecha na porta e colocou sua cabeça entre ela. — Cinco minutos.

Tic e tac, era como um relógio cuco e ele me avisava em cinco em cinco minutos para sair do meu quarto, sabia que pessoas insignificantes estavam ali me esperando, pessoas importantes, pessoas conhecidas que atualmente não são tão conhecidas e talvez meus amigos.

Me levantei da cama com um simples pulo, queria acabar aquilo assim como começou: Rapidamente. Ajeitei-me observando no espelho que estava ali, era aquele destruído do quarto de Astrid e aquilo juntava minha conexão a ela, era consideravelmente como um limbo — como eu pensava e queria — o vestido preto desagradável e curto era de uma apresentação escolar há anos e eu calçava um all star normal de cano longo como um toque meu.

Sai do quarto e o tranquei no mesmo instante, pessoas estavam dentro do trailer e achava que não cabia tanta gente em tão poucos metros quadrados. Um senhor de estrutura baixa e com poucos cabelos grisalhos se aproximou de mim com um sorriso forçado.

— Emily, eu suponho. — Emily? Quem é essa? Eu não conheço. Tranquei meu maxilar e o observei. — Eu sinto muito por ela.

Talvez aquele homem esteja tão nervoso ou bêbado que não mediu suas palavras ou a figura de alguém.

O olhei com um semblante sereno e forcei uma certa intimidade com o homem. Sorri de rascunho e soltei minha fala:

— Com licença. — Me despedi rapidamente dele, o quão longe eu poderia ficar para fugir dessa loucura?

Eu pensava em sumir, pegar um ônibus e ir para outra cidade ou simplesmente desaparecer do mapa e riscar meu nome como desaparecida.

Era difícil estar naquele cômodo com pessoas lhe circulando e alertando que Astrid era uma pessoa boa, uma pessoa de fé e uma pessoa que se orgulhava dos outros, pois ela não era. Eu me acostumei com o jeito da mulher e o carinho nunca foi uma perfeição dela ou de todos que viviam ali, eu e Viktor nos acostumamos lidar com isso — diferentemente um do outro, mas conseguimos — e infelizmente ela era muito especial.

Estava encostada sobre a parede metálica da sala, tentando me manter longe de qualquer relação social e escutei um barulho. O mesmo senhor de minutos atrás bateu uma simples faca contra sua taça de vinho trazendo a atenção da maioria para ele.

' 𓂃 SEASHELL : baxter radic !  . ∗   ̥Where stories live. Discover now