♡ Feitos um para o outro

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Cellbit mais uma vez se encontrava na cafeteria

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Cellbit mais uma vez se encontrava na cafeteria. Estava limpando o local após ter aberto as portas.

Eram 7:30 da manhã de uma sexta-feira chuvosa, as ruas da favela estavam estranhamente calmas. Richarlyson, o cachorro que tinha guarda compartilhada entre Cellbit e seus cinco amigos, estava sentado na porta observando a chuva e esperando algum cliente aparecer.

O brasileiro guardou a vassoura em uma pequena sala em que sempre a colocava junto com uns materiais de limpeza e voltou para o salão, decidiu colocar uma música no Spotify enquanto preparava alguns doces para colocar no grande balcão de vidro.

Era inverno, as manhãs eram geladas o bastante para fazer com que o homem já pegasse um casaco bem quente para ir trabalhar, tendo em vista que sentia muito frio sem um motivo aparente.

As vezes, invejava o Mike que, mesmo em um frio de cortar, estava sempre com uma bermuda e geralmente com uma camisa de manga curta, raramente ficando doente, enquanto o de olhos azuis sempre tinha que ter uma cartela de remédios contra gripe ao seu lado.

Estava com um sobretudo marrom, suéter por cima de uma camiseta branca, calça jeans pretas e botas da mesma cor. Seu cabelo estava preso em um coque estilo samurai, a parte de baixo solta e a parte de cima presa, apenas sobrando algumas mechas na frente.

Aumentou o volume do seu celular e deu play para que sua playlist fosse reproduzida. A música que começou a tocar foi A Banda, de Chico Buarque, fazendo Cellbit abrir um sorriso enquanto enfeitava os doces que estavam prontos para serem colocados no balcão.

Era uma pessoa bem eclética, sua playlist era uma bagunça por conta disso, já que ao mesmo tempo que amava Korn, escutava Chico Buarque. Enquanto curtia uma música do Lovejoy, também gritava cantando Legião Urbana.

Como eu disse, eclético.

Essas músicas mais leves o ajudavam a relaxar. Enfeitar os doces enquanto escutava uma música tão leve o fazia entrar em transe.

Era uma válvula de escape, uma espécie se terapia para o homem que havia se estressado muito nesses dias. Nem parecia ser o mesmo homem que foi preso anos atrás e que comeu a perna do próprio amigo.

Cantarolava baixinho em seu próprio mundo até ouvir um latido de Richarlyson, fazendo ele voltar a sua atenção para a porta, vendo não só o animalzinho, mas também um homem.

Abriu um sorriso quando Roier começou a se aproximar de si. Estava com seus cabelos meio bagunçados junto com sua faixa que já poderia dizer que fazia parte do mexicano. Utilizava uma jaqueta de couro, uma blusa preta com uma estampa do homem aranha, calça de moletom da mesma cor e All Stars vermelhos.

— Bom dia, Guapito! — Disse animado, ajeitando seu sobretudo e indo ao encontro do moreno.

— Buenos dias, Gatinho! — Sorriu largamente enquanto puxava o loiro para um abraço, vendo Richarlyson rodear os dois.

Soulmates | GuapoduoWhere stories live. Discover now