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Maya Williams

Eram 18 horas e 45 minutos, os ponteiros do relógio pareciam se acelerar cada vez mais. Eu havia começado a me arrumar três horas antes do horário combinado, estava nervosa e não sabia o que usar. Audrey e Madison me ajudavam no nosso grupo do WhatsApp, mas sentia que nenhuma roupa estava boa o suficiente.

15 minutos depois, a campainha toca. Termino de guardar minhas coisas na bolsa e dou uma última conferida no espelho, e então finalmente desço as escadas e abro a porta.

— Uau... você tá linda — diz Rafe, me olhando de cima a baixo. pé

— Obrigada, só precisei de um banho, hidratação capilar, três loções hidratantes e um perfume da Chanel — sorrio fraco.

— Bom, eu tomei banho — nós dois rimos.

— Isso é pra mim? — me refiro ao buquê de flores que Rafe segurava nas mãos.

— Ah, eu já ia me esquecendo, é pra você, lógico — ele estende o buquê. Então era mesmo um encontro.

— Como você sabe que peônias são minhas favoritas?

— Suas amigas me disseram que você é fã de Gossip Girl — ele sorri — ah, e tem comida japonesa no carro.

— Rafe Cameron, você está me impressionando cada vez mais — ele pega na minha mão e me leva até o carro, onde abre a porta do passageiro para que eu possa entrar. Seu carro cheirava seu perfume amadeirado, e já tocava Taylor Swift, antes mesmo de eu entrar por inteira. Dessa vez, a música ouvida era Call It What You Want.

Você anda ouvindo Taylor Swift? — pergunto com um sorriso no rosto.

— Coloquei especialmente pra você — ele retribui o sorriso, o que faz meu coração acelerar, por algum motivo.

O trânsito de Nova York não era muito exagerado. Cerca de 15 minutos depois, chegamos ao tal lugar segredo de Rafe. Na verdade parecia que estávamos no meio do nada, e por um momento me pergunto se aquilo era um encontro ou um sequestro. O loiro abre a porta do passageiro novamente, mas para que eu possa descer dessa vez.

— Certo, feche seus olhos, eu te guio — apenas obedeço o que é pedido. Ele me segurava com uma das mãos, já que a outra segurava a comida. — Preciso que você se sente, é grama, pode apalpar.

— Rafe, eu não to entendendo nada, já posso abrir os olhos? — pergunto ansiosamente.

— Pode abrir — finalmente abro os olhos lentamente. Estávamos em um lugar alto, parecia um morro. Conseguíamos ver toda a cidade de Nova York iluminada, como se fosse com a luz do sol. Devido a quantidade de prédios, fica cada vez mais difícil ter visão das estrelas, mas não aqui, aqui estávamos debaixo delas.

— Uau, Rafe, que vista linda! — ele coloca uma toalha de mesa para que ficássemos mais a vontade na grama, e começa a abrir as embalagens da comida japonesa.

[...]

Já eram 21 horas da noite. Quando estou com Rafe, perco completamente a noção do tempo. Estamos deitados na grama olhando as estrelas.

— Rafe, uma estrela cadente! — aponto empolgada para o céu.

— Faz um pedido.

"Desejo que eu me permita sentir. Que eu me apaixone perdidamente por alguém que reconheça meu valor, e que eu receba o amor na minha vida de portas abertas."

Uma parte de mim torcia para que o desejo de Rafe estivesse relacionado a mim.

— Maya? — ele se vira para mim.

— Oi?

— Estou muito feliz de ter te conhecido — ele sorri com aquele sorriso que me deixa fraca, que faz eu perder todos os meus sentidos.

Ficamos alguns segundos apenas sorrindo bobo. Seu olhar caminhava pelo meu rosto, enquanto eu tentava memorizar cada mínimo detalhe do seu. Rafe passava a mão pelos meus cabelos, e finalmente sela nossos lábios pela primeira vez naquela noite. Rafe é cavalheiro, é incrível como ele não tem pressa pra nada. Quando estou com ele, sinto que nada pode nos abalar.

— Porra, Maya — ele para o beijo.

— O que foi? Eu fiz algo? — me afasto.

— Você mexe comigo, pra caralho — ele faz carinho em meu rosto — acho que eu gosto de você.

— Acho que também gosto de você, Cameron — continuo o nosso beijo, que ficava cada vez mais caloroso. Subo em seu colo, e tiro a camiseta que Rafe vestia.

— Posso? — ele pergunta se referindo ao ato de tirar meu vestido. Quando assunto com a cabeça, o loiro desabotoa o zíper da parte de trás, e tira a peça de meu corpo. Conforme sentia seu toque sobre minha pele, tinha cada vez mais certeza de que aquilo me fazia bem. Eu sentia que dessa vez podia me entregar a alguém.

O clima se esquenta, e a tensão sexual já era enorme. Nossos corpos imploravam um pelo outro. Rafe desabitou meu sutiã e tirou sua calça.

— Tem certeza que quer?

— Absoluta.

E então, fizemos amor. Jeito tosco de se falar, né? Mas não tenho outra palavra para descrever o momento. Não foi uma transa qualquer, foi um ato de amor. Sentia que podia me entregar a Rafe, apesar de não entender o que sentia naquele momento.

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⏰ Last updated: Oct 10, 2023 ⏰

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joalinaWhere stories live. Discover now