O maldito do meu enteado

O casamento

No dia do casamento.

   Tudo estava lindo, a igreja principalmente. O casal queria festa para ter a lembrança perfeita e prolongada da data mais especial pra eles. Porém, o que se passava na cabeça de Irene era o que seu ex namorado disse, Ademir.

   Ela tinha medo, medo dele chegar e acabar com tudo. Expondo coisas que talvez ela não saberia, mas apenas pra acabar com o casamento e com tudo. Mas ela não queria se deixar levar por isso, Angelina estava ajudando juntamente com o Cabeleleiro. O vestido dela era a coisa mais perfeita de toda a cidade.

    Ela não queria nada chamativo, mas que tinha um pouco do seu estilo elegante. Também não queria nada marcado porque em seu pensamento, casamento é uma cerimônia que apenas seu noivo pode sentir desejo por ela. Ela queria chamar a atenção, mas não como "desejada", mas sim como a noiva mais linda da cidade. A escolha de seu vestido foi demorado, encontrou apenas na China que foi feito pelo melhor ateliê chinês.

   Em seu cabelo ela fez um coque cheios de detalhes, já que seu vestido era simples o suficiente. Em seus pés uma sandália de salto alto branca, cheias de pérolas que também era uma marca registrada da mulher.

   O seu véu era completamente detalhado. Ela realmente pensou em tudo. Nem quando se casou com Antônio foi dessa forma. Ela queria como se fosse em seu sonho de infância. Então mandou fazer separadamente cheio de rendas costuradas fio a fio.

  E lá estava ela, pronta para o seu casamento. Caio estava junto de Luigi e Antônio, seus padrinhos de casamento. Como todo homem é diferente da mulher, eles apenas bebiam e brindavam uma nova vida. Caio escolheu um terno simples, mas com o pedido de Irene, colocou uma rosa em seu bolso para relembrar o seu primeiro presente.

   Os cerimonialistas estavam os chamando para ficar em suas posições. Caio já começou a lacrimejar quando viu os padrinhos chegando como sempre sonhou, o pai do homem chegou e ficou de seu lado, dando total apoio a ele. Ágatha também, beijou a testa de seu filho e entregou ao destino.

  Quando todos se ajeitaram, a música da noiva começou a tocar. Ela decidiu colocar a marcha nupcial juntamente com a música "Flor e o beija flor". Abriram-se as portas e lá estava ela, com um sorriso de orelha a orelha, segurando se buquê de rosas assim como ele deu a ela pela primeira vez.

  Ninguém daquele local conseguiu conter as lágrimas. Todos sabiam da história deles e todos se emocionaram. Principalmente a Ágatha e Antônio. Antônio estava com a mulher que ele amava e sabia que Irene estava com o homem que ela amava. Então não tinha porque ele sentir raiva de tudo aquilo.

  Angelina então só sabia chorar desde o começo. A mais velha cuidou de Caio desde pequeno e sabia que ele sempre a amou depois de tudo que aconteceu.

  Irene caminhava lentamente por aquele caminho reto, ela tentou conter suas lágrimas pra não borrar a maquiagem, mas quando ela foi entregue ao homem da sua vida, não conseguiu se segurar.

  Ali foi feito mais um casamento, selando a vida e a alma de duas pessoas dispostas a passarem o resto da vida juntos. Irene olhou para Antônio e viu ele secando as lágrimas, ali foi a primeira vez que ela a viu chorar verdadeiramente. Caio colocou a aliança no dedo de sua amada e Irene colocou a aliança no dedo de seu amado. O homem beijou a mão dela e começou os seus votos.

Caio - Bom, eu não sou muito bom pra falar essas coisas bonitas né? Mas é o meu casamento - Riu sem graça. - Irene, você sabe que a gente sempre se odiou né? - fez todos rir - Mas não sei o que aconteceu comigo desde que você e eu começamos a nos aproximar. Eu me lembro até hoje de quando nos beijamos pela primeira vez, ali eu tive certeza de que você era a mulher da minha vida. A partir daquele dia, tudo mudou completamente. Nossos mundos virou de cabeça pra baixo - sorriu - A gente tinha medo, medo de sermos julgados por todos aqui e olha como estamos hoje. - olhou para os convidados - Todos estão comemorando juntamente a nós esse nosso amor. Irene, obrigada por me fazer sentir amado, me fazer ser homem e me dar a oportunidade a cada dia que passa de te amar cada segundo que passa da minha vida. Você é a minha mulher, minha esposa e a mãe dos meus futuros filhos. Eu te amo! - beijou a noiva.

Padre - Você tem os seus votos Irene?

Irene - Pra falar a verdade eu não fiz certinho como ele fez. Mas quero falar algumas coisas também. Caio, meu amor. Como tudo muda né? Você disse, um dia nós se odiávamos e agora estamos casando. Talvez é assim que os melhores amores começam né? Queria te agradecer por tudo que você fez por mim e ainda faz. Sem você eu não seria essa mulher mais leve que sou hoje. Obrigada por cada momento, por tudo. Obrigada por me ensinar o que é o amor e por me ensinar a ser amada de verdade. Eu te amo, meu amor!

Padre - e assim, os faço marido e mulher. Pode beijar a noiva!

    O casal de noivos se beijaram e foram aplaudidos de pé. Primeiro saíram as daminhas, depois os padrinho e os noivos por fim. Atrás deles os convidados. Eles pararam para ser fotografados quando um homem chega completamente desesperado.

Xxx- Irene, você nao pode fazer isso. Eu te amo Irene, volta pra mim!

   Ninguém conseguia enxergar quem era, aliás, estava na esquina correndo que nem um louco e gritando. Quem reconheceria?

Xxx - Irene, não podemos deixar esse nosso amor acabar. Por favor, volte pra mim, me perdoa tudo que te fiz e te falei. Eu quero você pra mim de novo, eu te amo tanto.

    Nesse momento Caio semiserrou os olhos e consegui enxergar quem era. Era ele, Ademir.