Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão

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Felix

Já faz duas semanas...

Duas longas semanas que não recebo nenhuma mensagem sequer do Chris.

Desde a viagem ele não disse mais nada e nem me procurou para nenhum serviço, as pessoas começaram a falar mais sobre nós, sobre como é incrível o filho do governador fazer parte da comunidade LGBTQIA+, mas também tem muitas críticas, o que não é muito legal, mas estão falando sobre nós e tem fotos nossas por muitos sites.

Era isso que ele queria, então por que simplesmente desapareceu?

O contrato pode acabar a qualquer momento que ele quiser que acabe, e eu não posso fazer nada para reverter porque estou ciente das condições desde o começo, mas ele vai simplesmente terminar tudo assim?

Eu deveria pelo menos saber antes.

Por que eu estou me importando tanto? Uma hora ou outra ia acontecer, eu só não imaginava que seria tão rápido.

Mike ainda me busca todos os dias para me levar a faculdade, e por falar na faculdade, eu fiz um novo amigo da minha sala, o nome dele é Seungmin e ele é muito mais legal do que as pessoas que zombaram de mim.

Também está sendo bem legal esses dias na faculdade, tivemos umas aulas tão legais e eu estou aprendendo tanto, essa semana vi tantos filhotinhos fofos, eu realmente queria muito poder adotar um.

Eu estava no carro, Mike havia acabado de me pegar na faculdade e estava me levando para o apartamento, eu passo muito mais tempo lá agora do que na casa do meu pai, eu não me sinto mais bem indo lá depois do que aconteceu e cada vez tenho mais certeza que meu pai me odeia, mas eu não vou abandona-lo.

— O trânsito está horrível hoje — levo um susto quando a porta ao meu lado se fecha.

Eu estava tão perdido em meus pensamentos que não vi quando o Sr.Bang entrou no carro.

— Sr.Bang?

— Pensei que não me chamasse mais assim — ele está concentrado mexendo em seu tablet.

— Desculpa, às vezes eu não sei como te chamar...

— De Chris, lembra?

Assenti com a cabeça.

O carro estava em movimento.

— Pra onde nós vamos? — perguntei.

— Pra casa do meu pai.

— Vamos ver o governador? — perguntei. Eu não quero ver o governador...

— Não.

— O que vamos fazer?

— Eu deveria ter te mandado uma mensagem, você me deu seu número novo?

— Acho que não.

Ele largou o tablet e estendeu a mão para mim. Entreguei meu celular para ele e depois de um tempinho ele me entregou de volta.

Ele salvou seu próprio contato no meu telefone como "Bae" e mandou um smile para ele poder salvar em seu celular.

Por que eu estou sorrindo?

— Você... estava muito ocupado durante essas duas semanas?

Por que estou perguntando? Não é da minha conta.

Apenas fique quieto, Felix. Não vê como ele está sério?

Mas ele está sempre sério.

É o seu jeito natural, eu deveria ter me acostumado com isso.

𝘀𝘂𝗯𝗺𝗶𝘀𝘀𝗼, 𝖼𝗁𝖺𝗇𝗅𝗂𝗑Onde histórias criam vida. Descubra agora