27 - Christmas EveL

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🥟

Hoje já era véspera de Natal.
Eu me encontrava imóvel na cama, apenas olhando para o teto, não querendo levantar.

— Eu devo ter assustado Felix ontem... Eu sou um péssimo amigo... Uma péssima pessoa...

Acabei perdendo a luta contra o sono e adormeci novamente, mas logo acordei... Estranhamente com o travesseiro em cima da minha cabeça.

— Ai, o que é isso? — com a voz abafada.

Tirei a almofada de cima do meu rosto, então vi algumas palavras escritas nela, com uma caneta.

"Feliz véspera de Natal, Sam!"

Me levantei bruscamente, assustado.

— Quem está aí? Quem... Quem escreveu isso?

Silêncio.

Eu me levantei e fui até a porta, procurando alguém...

Mas não havia ninguém.

— Eu estou alucinando?

Peguei o travesseiro para conferir se era só um sonho acordado, mas não era... Realmente, as palavras me desejavam uma feliz véspera de Natal.

— Será que... Deixei a porta aberta antes de dormir? Que estranho...

Para ser sincero, me sentia com medo. Eu me lembrava muito bem da frase que escutei naquele dia, e ainda assim... Insisti.
Eu não aguentava me olhar no espelho. Aqueles hematomas eram os piores em 5 anos. Meu corpo todo estava repleto deles.
Meus braços, meus pulsos...
Levantei minha camisa, e lá tinham mais deles.

— Isso dói tanto...

Eu fui até a porta para fechá-la, já que havia a deixado aberta, quando...

— HyunJin?

— Ah! F-Felix?

Ele me olhou por alguns segundos, com seus olhos brilhando e as sobrancelhas curvadas em uma expressão triste. Eu não estava usando uma camisa de gola alta nem com mangas compridas... Era só... Eu.

Sem que eu pudesse prever, ele me deu um abraço.

— Me perdoe... Por ontem... De... De verdade, Hyun... Eu não queria ter te machucado, eu estava tão nervoso, tão preocupado com você que não pensei em nada... Eu só queria e quero te ver bem...

...

— Você está chorando...?

— Não ligue... Eu... Só estava precisando de um abraço...

Escutando isso, ele me abraçou com um pouco mais de força, mas que não desse para me machucar. Eu senti minha respiração acalmando e os batimentos cardíacos diminuindo. Eu realmente estava precisando disso.

— Estou te machucando?

— Nem um pouco. — eu disse, com a voz suave e um leve sorriso no rosto.

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