Amor Entre Medidas

Prólogo - Águas de março

Oláaa galera, Amor Entre Medidas chegouu, espero que vocês curtam essa brincadeirinha minha e da Vitória, a gente inventa essas loucuras não sei nem por que.

Por favor nos digam o que você estão achando. Bjs.
F O U, FUI

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" É o pau, é a pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol

É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira

É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento vetando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira

É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira "

"Águas de março"

Canção de Elis Regina

Águas de março, da amada Elis Regina, soava por toda a casa, enquanto preparava um de seus pratos preferidos. Vinho, carbonara e música boa, um sábado a noite perfeito para um homem de 40 anos. Não tinha o costume de sair, não tinha mais idade para isso, a vida já o cansava o suficiente, para Alexandre, sair no fim de semana o deixa duas vezes mais cansado. O conforto de sua casa era muito mais interessante.

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Não tão longe dali, uma mulher tentava se organizar no meio de toda a sua própria bagunça, bagunça dos quase 30 anos, dessa vez, escutando Tom Jobim, Garota de Ipanema, tocava no nível 80 do auto falante do seu som novinho.

- Giovanna, como você consegue viver nesse lixão que você chama de casa? - Alessandra pergunta, já tentando me tirar do sério.

- Ai, que é em Alessandra, estou atrasada, sem tempo para sermão hoje. - falo com pressa. - Estou atrasada Vi, beijo, eu te amo, te vejo amanhã. - pego minha bolsa e saio pela porta, sem nem ouvir o que a minha amiga ia dizer, vou correndo para o elevador, torcendo para está vazio, sem sucesso, como sempre. - Droga, já estou atrasada. - sussurro pra mim mesma.

Saio do elevador às pressas, e encontro seu Carlos, o porteiro do prédio. - Senhorita Giovanna, já está indo para mais uma luta noturna. - fala seu Carlos.

- É seu Carlos, mais uma luta. E mais uma vez. - abro a porta de saída. - Estou atrasada.

Corro, entro no carro, aumento o som, hoje era dia de plantão noturno, precisava me manter acordada. Chegando no hospital, vou direto para a minha sala. Sendo chefe da pediatria eu tenho alguns privilégios, como, uma sala só minha. Fui promovida a chefe da pediatria a oito meses, meu superior, Doutor Paulo Ferraz, vinha me observando há um tempo, então percebendo a profissional incrível que sou, fui promovida.

Entro na sala, e antes de me trocar pego o meu celular, e já tem mil mensagens da Alessandra com suas recomendações. Alessandra e eu nos conhecemos desde crianças, nós somos em três, eu, ela e a Cris, nós conhecemos quando tínhamos cinco anos, e desde então somos inseparáveis.