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(CONTEÚDO INADEQUADO PARA MENORES DE 19 ANOS.)

Sakura POV

Mortos.

Meus pais estavam mortos e eu não sabia como reagir, não sabia o que falar, só podia ouvir as pessoas me dizendo palavras de conforto. Não era justo o que estava acontecendo, meus pais não mereciam isso, não mereciam ter partido dessa forma! Não pude nem velar seus corpos sem poder tocar ou vê-los, eles foram carbonizados dos pés até o último fio de cabelo. Já faz duas semanas desde que eles se foram, entrei de férias a exatas duas semanas, minha tia veio de Londres para cá, ela quem resolveu as questões do velório, e coisas que eu sequer estava com cabeça para ver.

- Sakura eu sei que você quer ficar sozinha, mas não acho saudável que fique nesta casa cheia de memórias, o que acha de ir para um novo ambiente?

- Para onde tia? Odeio a casa de qualquer outro parente os pais do papai morreram, os pais da mamãe estão longe de casa.

- Bom... Sua mãe tem uma fazenda. -a olhei.- A fazenda está no seu nome desde o ano passado.

- Como sabe dessa fazenda?

- O advogado da sua mãe puxou alguns documentos da família para você assinar, mas você não estava em condições de ler ou assinar nada. -levantou e saiu do quarto não demorou para voltar com uma pasta em mãos.- Hora de crescer meu amor, seus pais deixaram sua herança separada, você tem que decidir o que vai fazer com suas coisas suas empresas.

- Não quero resolver isso agora tia.

- Sakura Haruno, levante a bunda dessa poltrona, pegue essa bagunça que você deixou espalhada pelo quarto, vá viver sua vida, já se passaram duas semanas querida, você tem 18 anos precisa viver!

- Estou muito bem aqui.

- Precisa reagir querida, faça o seguinte eu farei melhorias na casa, ou se preferir eu vendo e compro outra no seu nome, peço que o sócio do seu pai tome a frente das empresas enquanto você não estiver apta.

- Não quero aquele homem com nenhum documento nas mãos.

- É correto a se fazer meu amor.

- Meu pai confiava naquele homem, eu nunca confiei.

- Ok Sakura, faça como preferir, mas não esqueça que tem um patrimônio bilionário entre os dedos agarre com todas as suas forças.

- Não sou burra. -tomei um pouco de refrigerante.- vou tirar alguns dias na fazenda, mas antes passarei nas empresas para separar o necessário.

- Seu pai acertou em cheio quando te deixou na frente dos negócios.

- Meu pai me ensinou cada buraco das empresas dele, sei tudo o que acontece dentro de cada uma.

- Faça o que achar melhor querida, não posso me meter nos assuntos que não me cabem, admiro vocês que mexem com documentos, pois eu não sei onde vai nada.

Minha tia me deu a pasta e saiu, respirei fundo sentindo o quanto eu estava fudida, meu pai me preparou, mas... Eu não me sinto preparada para administrar tantas empresas, tantos bens... Isso não devia estar acontecendo, eu devia estar planejando minhas férias, devia estar com minha mãe fazendo compras ou algo assim. Comecei a ler cada papel relacionado às empresas, li tudo assinei o que devia, por garantia fui tirar cópias no escritório que papai mais usava, tirei algumas cópias, guardei as originais, não sou louca de entregar elas para qualquer um, tranquei as originais na gaveta, fechei o escritório e saí.

*

Responsabilidade...

Uma nova palavra em minha vida, uma palavra que estava pesando nos meus ombros e não foram nem dois dias desde que assinei os papéis, desde que fui em todas as empresas Haruno. Agora estou em helicóptero rumo a fazenda, se esse lugar trazia paz para minha mãe, espero que traga para mim também.

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